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Brasil

Em reportagem, NYT diz que fumaça dos incêndios da Amazônia ‘cheira a dinheiro’

Gado seria engordado em terras desflorestadas e, depois, vendido para fazendas que obedecem às convenções ambientais internacionais, de onde segue para os frigoríficos.

O jornal americano The New York Times publicou no último sábado(02/11) reportagem especial na qual fala sobre “milhares de incêndios intencionais” na floresta amazônica, visando transformar áreas de mata em espaço para a criação de gado, continuam como um grande problema na região.

O título da reportagem assinada pelo jornalista Clifford Krauss, enviado a Altamira (PA), fala que a “a fumaça (dos incêndios para desmatamento) cheira a dinheiro”. Segundo o texto, estimativa da Escola de Silvicultura de Yale indica que, nas últimas décadas, até 450 mil quilômetros quadrados de floresta foram suprimidos para dar lugar a pastos.

“Há regras governamentais que monitoram e regulam o desmatamento causado por pecuaristas e outros agentes, mas elas são aplicadas ao acaso na melhor das hipóteses, com tentativas de fiscalização dificultadas pela vastidão e pelo afastamento da Floresta Amazônica”, diz a reportagem. “O policiamento da Amazônia se tornou ainda menos prioritário desde que teve início em janeiro o governo de Jair Bolsonaro, um populista de direita que coloca o desenvolvimento econômico à frente de preocupações ambientais”, diz.

Segundo o jornal, apesar de os três maiores frigoríficos do país terem se comprometido a não comprar gado de fazendas conhecidas pelo uso de terras ilegalmente desflorestadas, um esquema de “lavagem” torna difícil a identificação. O gado costuma nascer e ser engordado em terras desflorestadas e, depois, vendido para uma fazenda que obedeça às convenções ambientais internacionais, de onde segue para os frigoríficos.

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