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Amazonas

Seca reduz pela metade trânsito de mercadorias no Amazonas, informam empresas de cabotagem

A Abac (Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem) já trabalha com a possibilidade de a navegação no rio Amazonas ser suspensa por segurança.

A seca em Manaus está acima do esperado para o ano. (Foto: Michael Dantas/AFP)

As empresas de cabotagem vinham pedindo há alguns meses a seus clientes com produção na Zona Franca de Manaus para que antecipassem as programações de envios por conta do período de seca. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

As dificuldades com o transporte marítimo pelo Canal do Panamá reforçaram preocupações com o que poderia acontecer no Brasil durante a estiagem. A administração do terminal portuário precisou limitar a altura das embarcações e as companhias de logística passaram a cobrar sobretaxas nos serviços.

No Brasil, a expectativa era de que o tradicional período de estiagem na região Norte se acentuasse em outubro, mas neste ano a seca foi mais severa e os sinais de problema apareceram mais cedo.

A associação dos armadores de cabotagem projeta que metade de tudo que seria movimentado pela região deixará de ser transportado. No ano passado, a redução média foi de 40%.

A Abac (Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem) já trabalha com a possibilidade de a navegação no rio Amazonas ser suspensa por segurança.

Segundo o Porto de Manaus, o nível da água do rio Negro estava em 14,17 metros na quarta-feira (11). A mínima histórica foi registrada em 24 de outubro de 2010, quando o nível chegou a 13,63 metros.

Segundo a Abac, os produtos mais afetados pela redução na circulação de embarcações são alimentos (arroz, congelados e resfriados), cimento, metais, cerâmica, porcelanato e fertilizantes.

Estão na associação Mercosul, Aliança e Log-In. Ao menos desde setembro clientes da Aliança, do mesmo grupo da Maersk, vinham sendo convocados a calibrar suas programações para os meses finais do ano, pois as embarcações precisavam estar mais leves ao deixar Manaus.

Karin Schönner, presidente da Maersk para a Costa Leste da América do Sul, disse à Folha em setembro que a companhia já registrava navios com “bem menos capacidade do que a gente tinha antes, porque você não pode colocar tanto peso, senão ele desce muito”.

A situação na região levou o governo federal a criar uma sala de situação com diversos ministérios. Além do vice-presidente Geraldo Alckmin, Alexandre Silveira (Minas e Energia) e José Múcio Monteiro (Defesa), e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, estiveram em Manaus.

Há preocupações com abastecimento de combustíveis e de GLP, o gás de botijão, além de alimentos e insumos básicos. Mais de 20 cidades estão com decreto de situação de emergência.

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