“Ei reitor, queremos professor”, gritam estudantes em protesto na UEA, em Manaus

Aos gritos de “ei, reitor, queremos professor!”, estudantes do curso de Geografia promoveram uma manifestação, na tarde dessa quarta-feira (19), em frente à sede da Reitoria da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), na Avenida Djalma Batista, na Zona Centro-Sul de Manaus. Com cartazes de protestos, eles pararam o trânsito na avenida, que é uma das mais movimentadas da cidade, e cobraram providências do reitor e do governo estadual.

Os estudantes informaram que aguardam a contratação de professores há cinco anos e estão com disciplinas pendentes, sem possibilidade de terminar o curso. Segundo ele, foram realizados concursos, mas os aprovados não foram contratados. Alunos de outros cursos relatam a mesma situação. Sem cumprir as matérias obrigatórias, não podem se formar e entrar o mercado de trabalho.

Os manifestantes aproveitaram para denunciar as condições precárias dos prédios das unidades da UEA e o sucateamento de carteiras escolares e equipamentos.Os estudantes informaram que vão continuar com os protestos até serem atendidos. A reitoria e o governo do Estado não se manifestaram.

A UEA voltou a ficar nos piores lugares, acima da centésima colocação, no Ranking Universitário Folha (RUF), em 2017 e em 2018, depois de chegar ao 77° lugar, em 2014 e a ser a 91° colocada, em 2016, mesmo com aumento orçamentário.

O RUF é uma avaliação anual do ensino superior do Brasil feita pela Folha desde 2012. Há dois produtos principais: o ranking de universidades e os rankings de cursos. No ranking de universidades estão classificadas as 196 universidades brasileiras, públicas e privadas, a partir de cinco indicadores: pesquisa, internacionalização, inovação, ensino e mercado.

O resultado do último RUF foi publicado em 2018. A UEA caiu três posições no ranking de 2019. No ano anterior, a instituição já estava em 101° lugar. Em 2019, caiu para o 104°. A nota final da UEA caiu de 45,31 para 43,2.