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Manaus

Baixa procura leva Prefeitura de Manaus a ampliar faixa de público para vacina da dengue

Aumentou para sete, nesta quarta-feira (06/03), o número de mortes em investigação por dengue no Amazonas, segundo o Ministério da Saúde, que monitora o avanço da doença no país.

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A Prefeitura de Manaus amplia o público da vacinação contra a dengue a partir desta quinta-feira, 7/3, passando a contemplar o público de 10 a 14 anos, que soma o total de 162.708 crianças e adolescentes. As 171 salas de vacinação da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) estarão de portas abertas para vacinar o novo grupo, seguindo as diretrizes do Ministério de Saúde, que adotou a medida como estratégia para estimular a proteção de crianças contra a arbovirose.

Os endereços e horários de funcionamento podem ser conferidos no site da Semsa (manaus.am.gov.br/semsa) e pelo link bit.ly/SalasVacinaManaus. Do total de unidades, oito funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 12h.

Iniciada no dia 22/2 para crianças de 10 e 11 anos, a vacinação contra a dengue está registrando uma procura baixa em todo o Brasil. Em Manaus, segundo os registros da Semsa, até o dia 1°/3, apenas 7.290 doses haviam sido aplicadas, o que corresponde a 11,21% da meta de imunizar 65.037 crianças deste grupo etário.

A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, acentua que o envolvimento dos pais e dos responsáveis na proteção de suas crianças é fundamental para que a campanha cumpra o papel de imunizar as crianças contra a dengue.

“A intensificação da vacinação é uma forma de estimular a busca pelo imunizante. No entanto, por mais que a Prefeitura se esforce, não temos como avançar sem o engajamento dos pais. Estamos disponibilizando a vacina nas unidades de horário regular e ampliado, e também aos sábados como forma de aumentar a adesão, mas precisamos que os pais levem suas crianças às unidades”, apela Shádia Fraxe.

Estratégia

Uma das estratégias que a Semsa vem colocando em prática conta com a parceria com Secretaria Municipal de Educação da (Semed), e consiste na vacinação dos estudantes nas escolas da rede municipal de ensino. Mas para que as crianças recebam a vacina, os pais precisam assinar o documento de autorização, previamente enviado pelos gestores.

A gerente de Imunização da Semsa, Isabel Hernandes, explica que o esquema vacinal da Qdenga contempla duas doses, sendo necessário um intervalo de três meses entre as doses.

“Essa vacina pode ser aplicada juntamente com os demais imunizantes do calendário básico das crianças, mas é importante pontuar que a exceção é para as vacinas contra a febre amarela, a varicela e a tríplice viral. Para essas situações os pais precisam esperar os 30 dias de intervalo antes ou depois da aplicação da vacina contra a dengue, para seguir com as demais vacinas”, observou.

Outro aspecto importante, observa Isabel, é que as crianças contempladas com vacinação que tiveram diagnóstico confirmado de dengue, precisam esperar seis meses para iniciar o esquema vacinal.

“As crianças infectadas depois da primeira dose, precisam aguardar 30 dias a partir do surgimento dos sintomas, para receber a segunda dose do imunobiológico. Outra recomendação é que aquelas com imunodeficiência congênita ou adquirida, as que convivem com HIV, as que usam medicamentos imunossupressores, além de gestantes e mulheres em período de amamentação, também não devem receber a Qdenga”.

Para que as crianças e adolescentes sejam vacinados é necessário que estejam acompanhadas de um dos pais ou de um responsável e apresente documento oficial de identificação, Cartão Nacional de Saúde (CNS) ou CPF, e o cartão de vacina.

Mortes

Aumentou para sete, nesta quarta-feira (06/03), o número de mortes em investigação por dengue no Amazonas, segundo o Ministério da Saúde, que monitora o avanço da doença no país.

De acordo com a pasta, as mortes ocorreram em Manaus, Lábrea, Coari, São Gabriel da Cachoeira e Codajás. Só na capital, são três óbitos em investigação, sendo que o último entrou nos registros de investigação do MS no fim de fevereiro.

Já no interior do estado, os dados apontam que quatro mortes suspeitas já foram registradas. No entanto, é preciso finalizar as análises técnicas, por parte dos órgãos de Vigilância em Saúde, para poder oficializar a causa dos óbitos.

Os primeiros óbitos foram registrados em Lábrea e Coari. No entanto, duas novas mortes ocorridas em Codajás e São Gabriel da Cachoeira passaram a constar nos registros do ministério.

Até esta quinta-feira (6), segundo o MS, o Amazonas contabiliza 8.618 notificações da doença. Desses, 2.728 (31,65%) dos casos já foram confirmados. Já 5.890 são casos considerados prováveis.

Já o número de casos confirmados da doença só em Manaus é de 1.219.

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