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Amazonas

Sindicato diz que governo do AM destrói empresas médicas para ‘alimentar máfia das O.S.’

Em nota, o sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) diz que “de forma criminosa, o governo estadual coloca a culpa da sua própria incapacidade de gestão nas costas dos trabalhadores da saúde”.

O Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) publicou nota em que acusa o governo do Estado de querer “retirar as empresas e cooperativas médicas do sistema de saúde” para alimentar “a máfia das O.S.”. Diz que a atual gestão de saúde do Amazonas “é um verdadeiro desastre” e que, “de forma criminosa”, “coloca a culpa da sua própria incapacidade de gestão nas costas dos trabalhadores da saúde”.

Na nota, publicada na última quarta-feira, o Simeam diz que vem desde o começo da gestão do governador Wilson Lima (PSC) e do vice-governador Carlos Almeida Filho (PTB), denunciando os problemas no sistema de saúde, além de oficiar a vários órgãos de controle e fiscalização para pedir a apuração desses fatos. E que “o quadro na pandemia de Covid-19, o novo coronavírus, apenas expôs as vísceras da falta de gestão, de planejamento e de compromisso do Governo do Estado com a saúde”.

O Simeam diz que “de forma criminosa, o governo estadual coloca a culpa da sua própria incapacidade de gestão nas costas dos trabalhadores da saúde”. E lembra que nos servidores efetivos, aumentou a contribuição previdenciária, congelou salários, promoções e reposições já acordadas com as categorias, “criando caos e incertezas”.

E afirma que, com os trabalhadores das empresas e cooperativas médicas, o quadro é pior:  “hoje temos profissionais da saúde sem receber há 4 meses pelo menos, tendo que custear do seu bolso os seus equipamentos de proteção individual (EPIs). Ou seja, invés de receberem, estão pagando pra poderem trabalhar”.

Empresas médicas hoje estão sucateadas pelo governo do estado, diz a nota. “Tendo seus pagamentos atrasados, sua capacidade de operação comprometida e sendo coagidas pelo sistema a ficarem caladas e esperar”.

O Simeam denuncia que tudo está sendo feito para tirar as empresas do sistema de saúde e entregar às chamadas ‘O.S’, “que de sociais não têm nada”. “O maior exemplo é o Hospital Delphina Aziz. Agora também já no Hospital Francisca Mendes e, em breve no 28 de agosto teremos o Iabas que está famosa por desvios no RJ, PB, MG e com certeza em outros locais Brasil afora”, diz.

O Simeam afirma que “segundo fontes”, o governo vem assediando várias empresas médicas a estabelecer acordos “que saem da esfera do correto e eficiente, alimentando práticas duvidosas de gestão e causando prejuízos diretos a todo o sistema de saúde”.

O Sindicato diz que há profissionais sem salários em dia, sem condições de trabalho, adoecendo e morrendo por falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). “Temos uma situação de abandono por parte da Susam e isso tem que ser investigado pois não é aceitável que o dinheiro dos trabalhadores da saúde e do atendimento à população seja desviado”, diz a nota.

“A situação é tão calamitosa que no Hospital Francisca Mendes poderemos não ter mais cirurgias cardíacas por causa da falta de pagamentos do governo do estado a empresa que opera estas cirurgias. Fora que o fato do governo do Estado tirar a UFAM (Universidade Federal do Amazonas) da gestão e colocar uma O.S é gravíssimo”, diz o Simeam.

O Simeam diz que “não vem defender as empresas e cooperativas médicas, mas defender os trabalhadores que nelas laboram, defender que tenham salários em dia, condições de trabalho e equipamentos de proteção dados pela Susam (Secretaria de Estado de Saúde) na quantidade e qualidade necessárias para o trabalho diário. E termina dizendo que “o governo estadual quer retirar as empresas e cooperativas médicas do sistema de saúde, tudo isso para alimentar “a máfia das O.S.”

O presidente do Sindicato dos Médicos, Mario Vianna, é um dos autores do pedido de impeachment do governador Wilson Lima e do vice-governador Carlos Almeida Filho, com base em denúncias de corrupção no Estado, principalmente por “prática de crimes de responsabilidade e improbidade, com o mau uso dos recursos públicos na área da saúde do Amazonas” e o aumento de mortes acime do normal, durante a pandemia de Covid-19.

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