Conecte-se conosco

Amazonas

Instituto credenciado no Amazonas perde administração de seis hospitais de campanha no Rio de Janeiro

O Iabas é investigado na Operação Lava Jato, no rio de Janeiro e foi qualificado pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), em abril, para firmar contratos de gestão na área de Saúde no Estado.

Uma reunião na tarde de sexta-feira entre o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), o secretário estadual de Saúde, Fernando Ferry, representantes da Organização Social Iabas e membros da Associação de Hospitais do Estado do Rio de Janeiro e do Sindicato dos Hospitais do Rio, definiu que a OS ficará responsável por administrar apenas o hospital de campanha do Maracanã – o único dos sete encomendados pelo governo do estado à instituição e entregue até o momento .

Continua a cargo da empresa, no entanto, a missão de concluir as obras de outras seis unidades e equipá-las, o que será supervisionado pela pasta de Infraestrutura. O Iabas é investigado na Operação Lava Jato, no rio de Janeiro e foi qualificado pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), em abril, para firmar contratos de gestão na área de Saúde no Estado.

O encontro durou cerca de 2 horas. A Secretaria estadual de Saúde e a Iabas não informaram se, após a conversa, ficou definido um novo cronograma para a entrega dos seis hospitais de campanha que já deveriam ter sido postos à disposição da população no início do mês – em Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Nova Friburgo, Campos dos Goytacazes e Casimiro de Abreu.

Uma nova reunião, marcada para esta segunda-feira, desta vez com a presença do procurador-geral do Estado, Marcelo Lopes, deve definir os novos detalhes do contrato, que originalmente previa um valor total de R$ 700 milhões – cerca de R$ 256 milhões já foram pagos, e novos repasses estão suspensos. Lopes, segundo o governo, irá ajudar a traçar o melhor caminho jurídico da transferência das operações para um grupo de empresários do setor.

“Chamamos o Iabas para que eles cedam as unidades a um grupo de empresários, e possamos dar continuidade às operações. É mais eficiente colocar cada hospital sob responsabilidade de um grupo empresarial, porque são pessoas experientes em gestão hospitalar, são empresários do ramo”, disse o secretário de Estado de Saúde, Fernando Ferry.

O governo do estado afirmou em nota que está negociando com um consórcio privado para assumir a gestão dos hospitais de campanha para o tratamento de pacientes graves da Covid-19, após o atraso na entrega pela organização social Iabas.

Segundo o estado, se houver acordo, o consórcio privado de hospitais ficará encarregado de contratar os profissionais de saúde para a gestão e fazer o atendimento aos pacientes, obedecendo aos valores de tabela já em vigor com o Iabas.

Na quinta-feira, O Globo publicou que, na representação de quarta-feira à noite em que determina a suspensão dos pagamentos do governo estadual à Iabas, dentro do contrato dos hospitais de campanha, o Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) afirmou que não há comprovação da qualidade técnica da OS para uma operação desse porte, e que os complexos serviços contratados estão “genericamente condensados em um item”.

Clique para comentar

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

três × 3 =