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Amazonas

Desocupação alcança 17,9%, no mês de agosto, no Amazonas, a terceira mais alta do país

No total, 265 mil pessoas em idade de trabalhar estavam desocupadas no Amazonas, em julho.

De acordo com os dados da PNAD Covid-19, divulgada nesta quarta-feira, 23, com dados de agosto, foram estimadas, no Amazonas, cerca de 4 milhões de pessoas. Na população residente, 2,99 milhões tinham 14 anos ou mais de idade, ou seja, estavam em idade de trabalhar. A população na força de trabalho era de 1,6 milhão. Entre esses, 1,31 milhão eram pessoas ocupadas e 286 mil, desocupadas. A população fora da força de trabalho ficou estimada em 1,39 milhão.
Os dados mostram que ainda há tendência de aumento do número de pessoas desocupadas no Estado. Entre maio e agosto, houve aumento de 107 mil pessoas a mais, que procuravam, mas não tinham emprego.

Resumo

50,8% da população ou 668 mil pessoas ocupadas estão na informalidade, no Estado;
61,9% de domicílios no Amazonas receberam auxílio emergencial, em agosto;
286 mil pessoas em idade de trabalhar estavam desocupadas no Amazonas. Já a população fora da força de trabalho ficou estimada em 1,39 milhão;
Houve aumento de 107 mil pessoas desocupadas no Estado, entre maio e agosto;
75 mil pessoas no Amazonas estavam afastadas do trabalho devido ao distanciamento social;
44 mil pessoas afastadas do trabalho deixaram de receber remuneração na semana de referência da pesquisa.
62 mil pessoas estavam em trabalho remoto, o que representa 5,2% do total de pessoas ocupadas e não afastadas do trabalho.

A taxa de desocupação no Amazonas subiu de 17,0%, em julho, para 17,9%, em agosto. Assim, a taxa de desocupação em agosto cresce 0,9 pontos percentuais em relação a julho, e 5,9 pontos percentuais em relação a maio. A taxa de participação na força de trabalho de agosto aumentou em relação a julho (52,1%) chegando a 53,5%. Já o nível de da ocupação subiu de 43,2%, em julho, para 44,0%, em agosto.

Já o número de pessoas que estavam na força de trabalho e as pessoas não ocupadas que não procuraram trabalho, mas gostariam de trabalhar foi de 2,28 milhões. O número de pessoas não ocupadas que não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade tem mostrado tendência de queda, de 560 mil, em maio, para 446 mil pessoas, em agosto.

Com a taxa de desocupação de 17,9%, registrada em agosto, o Amazonas é a unidade da federação com a terceira maior taxa de desocupação. As maiores taxas, além do Amazonas, são: Maranhão (18,1%), Bahia (18,1%) e Amapá (17,3%). As menores taxas foram as de Santa Catarina (8,2%), Rondônia (9,0%) e Rio Grande do Sul (9,9%).

Pessoas Ocupadas

No Amazonas, havia 1,31 milhão de pessoas ocupadas na semana de referência de agosto de 2020, dentre os quais: 474 mil (36,0%) eram pessoas que trabalhavam por conta própria, 319 mil (24,3%) pessoas ocupadas no setor privado e com carteira assinada e 147 mil (11,2%) eram militares e servidores estatutários. Em relação ao trabalhador doméstico, a maioria desses eram trabalhadores sem carteira assinada (42 mil pessoas). Em agosto, 116 mil pessoas estavam ocupadas como empregados no setor privado sem carteira assinada e 104 mil pessoas estavam ocupadas como trabalhador familiar auxiliar.

Em relação ao grupamento por atividade, do total de pessoas ocupadas em agosto, no Amazonas (1,31 milhão de pessoas), 269 mil pessoas estavam ocupadas na Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, 197 mil pessoas ocupadas Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, 191 mil pessoas ocupadas no Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas e 124 mil pessoas na indústria geral; sendo que desses, 106 mil pessoas na indústria de transformação.

Se em julho, o setor do comércio já havia apresentado número de pessoas ocupadas maior do que o primeiro mês da pesquisa (maio de 2020), o mês de agosto superou o número de pessoas ocupadas, registrado de julho, em 11 mil pessoas.

Das 1,31 milhão de pessoas ocupadas em agosto, no Amazonas, 668 mil pessoas estavam ocupadas na informalidade, superando os meses de maio (641 mil pessoas ocupadas) e julho (652 mil pessoas ocupadas). Os números revelam, então, que mais da metade das pessoas ocupadas (50,4%) estavam na informalidade, no Estado.