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Amazonas

Deputado denuncia que idosos estão nos corredores de hospital do governo do Amazonas

A superlotação com idosos em macas foi registrada no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Dr. Aristóteles Platão Bezerra de Araújo.

Fotos divulgadas pelo deputado autor da denúncia. (Foto:Divulgação)

O Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Dr. Aristóteles Platão Bezerra de Araújo enfrenta superlotação, com pacientes idosos em macas sem lençol nos corredores. A denúncia sobre as condições da unidade de saúde localizada na Avenida Autaz Mirim, s/nº, Jorge Teixeira, zona leste, foi feita pelo deputado Dermilson Chagas (Republicanos).

Para comprovar a sua denúncia, o deputado apresentou, no telão do plenário Ruy Araújo, da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), fotos que revelam a superlotação do hospital. De acordo com as denúncias recebidas pelo parlamentar, também não há copos plásticos para que pacientes e acompanhantes possam beber água.

“Cadê o dinheiro da Saúde, cadê o excesso de arrecadação?”, perguntou o deputado Dermilson Chagas, referindo-se aos mais de R$ 4,5 bilhões que o governo diz ter investido na área da Saúde do Estado em 2021 e aos mais de R$ 13,4 bilhões de saldo referente à arrecadação tributária do período de 2019 a 2021. O parlamentar explicou que as receitas previstas desse triênio eram de mais de R$ 54,9 bilhões e que a arrecadação superou essa expectativa, gerando mais de R$ 68,4 bilhões para os cofres do Estado.

Faltam investimentos

O deputado Dermilson Chagas disse que o Governo do Amazonas extrapolou os gastos em Saúde que foram aprovados pelos deputados, sem, contudo, melhorar de fato a qualidade da rede hospitalar do Estado. O parlamentar explicou que a dotação inicial aprovada pela ALE para 2021 foi de R$ 2,6 bilhões, mas o governo gastou mais de R$ 4,5 bilhões.

O parlamentar destacou que, pelo volume de recursos utilizados pela gestão Wilson Lima, a rede estadual de Saúde deveria estar melhor estruturada, assim como o atendimento.

“Pelo contrário, o número de atendimentos aumentou e a rede estadual de Saúde está inchada, com unidades superlotadas nos dois níveis de serviço, ou seja, tanto na média quanto na alta complexidade, e a prova disso é que a população demora meses para conseguir atendimento para consultas e procedimentos cirúrgicos pelo SisReg”, criticou.