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Amazonas

Amazonas tem a maior queda de renda média mensal do trabalhador em 2021, diz pesquisa do IBGE

A PNAD Contínua informa ainda que o Amazonas tem 36,7% da população desenvolvendo atividades por conta própria para geração de renda.

Comércio por conta própria está presente em ruas do Centro de Manaus.(Foto: Carolina Diniz/G1 AM)

O trabalhador amazonense enfrenta uma redução de 16,4% no rendimento médio mensal, registrada no segundo trimestre de 2021 em comparação com o mesmo trimestre de 2020. É a maior queda entre oito unidades da federação citadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta terça-feira, 31/8.

 

No Brasil, o rendimento médio real mensal habitual no 2º trimestre de 2021 foi de R$ 2.515, com redução tanto em relação ao 1º tri de 2021 (R$ 2.594) quanto em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.693). Entre as unidades da Federação, frente ao trimestre anterior, somente Rio Grande do Sul mostrou variação significativa (-5,2%). Frente ao mesmo trimestre de 2020, oito unidades da Federação tiveram queda, com destaque para Amazonas e Ceará (-14,1%).

 

Conta própria

Além desses dados, a PNAD mostra que o Amazonas tem 36,7% da população desenvolvendo atividades por conta própria para geração de renda no segundo trimestre de 2021, em comparação com o primeiro trimestre deste ano. em primeiro lugar está o Amapá, com 37,7% da população trabalhando por iniciativa própria. Em terceiro , o Pará, com 35,4%. A região Norte participa com 28,3% da população brasileira atuando nesse modelo de trabalho.

Desocupação

A taxa de desocupação do país no 2° trimestre de 2021 foi de 14,1%, com queda de 0,6 ponto percentual (p.p.) ante o 1º trimestre de 2021 (14,7%), e alta de 0,8 p.p. frente ao 2º trimestre de 2020 (13,3%).

Frente ao trimestre anterior, a taxa de desocupação recuou em quatro unidades da Federação, com estabilidade nas demais. As quedas foram no Amazonas (-1,9 p.p.), Espírito Santo (-1,5 p.p.), Rio de Janeiro (-1,5 p.p) e Minas Gerais (-1,3 p.p.). As maiores taxas de desocupação foram em Pernambuco (21,6%), Bahia (19,7%), Sergipe (19,1%) e Alagoas (18,8%). As menores taxas foram as de Santa Catarina (5,8%), Rio Grande do Sul (8,8%), Mato Grosso (9,0%), Paraná (9,1%) e Mato Grosso do Sul (9,9%) que ficaram abaixo de 10,0%.

A taxa de desocupação foi de 11,7% para homens e 17,1% para mulheres, e ficou abaixo da média para brancos (11,7%) e acima para pretos (16,6%) e pardos (16,1%). A taxa para pessoas com nível superior incompleto (16,5%) foi muito superior à daqueles com o nível superior completo (7,5%).

A taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 28,6%. As maiores taxas foram do Piauí (46,6%), Maranhão (46,3%) e Sergipe (44,1%) e as menores, de Santa Catarina (10,6%), Mato Grosso (15,0%) e Rio Grande do Sul (17,7%).

Desalentados

O número de desalentados foi de 5,6 milhões de pessoas e a maior parte deles estava na Bahia (715 mil desalentados, ou 12,8% do contingente nacional). O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada foi de 5,2%. Maranhão (19,7%) e Alagoas (16,5%) tinham os maiores percentuais; Santa Catarina (0,9%), Rio Grande do Sul (1,3%) e Mato Grosso (1,3%), os menores.

Carteira assinada

O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada era de 75,1% dos empregados do setor privado no país. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (90,0%), Rio Grande do Sul (84,3%), Paraná (82,5%) e São Paulo (82,4%) e os menores, no Maranhão (49,2%), Pará (53,1%), Bahia (56,0%) e Sergipe (56,6%).
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 40,6% da população ocupada. As maiores taxas foram do Pará e do Maranhã, ambos com 60,5%, e as menores, de Santa Catarina (26,9%) e Distrito Federal (30,7%).

Dados da pesquisa, na íntegra.