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Amazonas

Amazonas se tornou epicentro da exploração madeireira da Amazônia, aponta instituto Imaflora

Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Humaitá, Canutama, Apuí, Boca do Acre e Tapauá, lideram o aumento da expansão da atividade madeireira

O desmatamento em junho deste ano, conforme Imazon, apontam para o terceiro maior índice de destruição da vegetação nos últimos 10 anos. (Foto: Felipe Werneck/Ibama)

A quinta edição do Boletim Timberflow, do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), divulgadoo na última quinta-feira (07/10), identificou aumento expressivo na produção madeireira do Amazonas nos últimos anos. O sul do estado foi o principal responsável por esse crescimento e apresentou uma elevação de 350% na exploração de madeira entre os anos de 2013 e 2019.

Os pesquisados apontam que caso medidas não sejam tomadas para apoiar a expansão da indústria madeireira do sul do estado em bases sustentáveis, a tendência é que as florestas da região tenham o mesmo destino de outras que já foram exploradas com o avanço do arco do fogo e desmatamento rumo ao coração da Amazônia.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) informa que juntas as cidades de Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Humaitá, Canutama, Apuí, Boca do Acre e Tapauá, lideram o aumento da expansão da atividade madeireira, que passou de aproximadamente 200 mil metros cúbicos em 2013 para cerca de 700 mil metros cúbicos em 2019. Apenas nos oito municípios foi gerada 70% da produção de madeira em tora no Amazonas no biênio 2019-2020. Sozinhos, os municípios de Lábrea e Manicoré compõem 40% da produção no período.

O processo de alastramento da ocupação do setor florestal no sul do estado é  semelhante ao que ocorreu no restante da Amazônia. As edições anteriores de relatórios do Timberflow têm chamado a atenção para o avanço da atividade madeireira em regiões da floresta amazônica. O caso do sul do Amazonas, mais especificamente, foi favorecido pelo acesso aberto por estradas oficiais, se destacando a proposta de pavimentação da rodovia BR-319.

A proximidade da região a pólos de processamento no norte de Rondônia e noroeste do Mato Grosso também beneficia esse processo, já que as cidades amazônidas se tornam um destino mais fácil e próximo aos que buscam por novas fontes de matéria-prima.

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