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Economia

Caged: Brasil fechou mais de 330 mil vagas formais de trabalho em maio

Nos cinco primeiros meses do ano, foram encerrados 1.144.875 postos, pior desempenho desde 2010

O Brasil fechou 331.901 vagas formais de trabalho em maio, no pior desempenho para o mês da série disponibilizada pelo Ministério da Economia, com início em 2010, mas em uma melhora em relação à performance de abril.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nesta segunda-feira. Em abril, a crise com o coronavírus levou ao encerramento de 902.841 postos, informação ajustada pelo ministério após a divulgação inicial de fechamento de 860.503 postos.

Em maio, quatro dos cinco grupos de atividades econômicas mostraram desempenho negativo, com destaque para serviços, com fechamento líquido de 143.479 vagas.

Também ficaram no vermelho a indústria geral (-96.912), o segmento de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-88.739 postos) e o setor da construção (-18.758).

Por outro lado, o grupo agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi responsável pela abertura de 15.993 vagas no período.

“O primeiro ponto a se enfatizar é a clara reação do mercado de trabalho, a clara melhora da economia e a clara melhora dos números relativos ao emprego no Brasil”, afirmou o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, numa análise comparativa a abril.

Nos cinco primeiros meses do ano, foram encerrados 1.144.875 postos, na série com ajustes. Este foi o pior desempenho para o acumulado desde pelo menos 2010, conforme série disponibilizada pelo ministério.

Também representou um mergulho muito mais fundo que o registrado em igual período de dois anos em que houve crise econômica: 2015 (-243.948 vagas) e 2016 (-448.101).

Em 2019, foram criadas 351.062 vagas com carteira assinada no país no período de janeiro a maio.

O secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, afirmou ser “muito difícil” saber se o próximo resultado do Caged virá positivo.

“O que posso dizer é que o mercado de trabalho reagirá tão logo a economia reaja. E a economia para reagir depende da reabertura das cidades, dos comércios, dos serviços, da retomada da vida normal, ou pelo menos o novo normal”, disse.

 

 


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