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Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional reconhece tacacazeiras como Patrimônio Cultural do Brasil

Ofício foi reconhecido nesta terça-feira em decisão que valoriza trabalho e saberes das mulheres amazônicas.

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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu na terça-feira (25/11) o Ofício das Tacacazeiras da Região Norte como Patrimônio Cultural do Brasil. Segundo o Iphan, o ofício foi inscrito no chamado Livro dos Saberes e destaca a importância das mulheres amazônicas na preservação de conhcimentos ancestrais ligados à culinária regional.

O tacacá é um prato típico da Amazônia, preparado com um tucupi, caldo feito a partir da mandioca. É uma das comidas simbólicas da região Norte e em 2023 chegou a ser a mais pesquisada do Google.

“O ofício de tacacazeira não se restringe a uma receita, mas compreende um conjunto integrado de práticas agrícolas, saberes tradicionais, técnicas culinárias, modos de comercialização, formas de sociabilidade e sentidos simbólicos”, informou o Iphan sobre a decisão.

A decisão do reconhecimento foi tomada durante a 111ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.m Em outubro, o Iphan abriu uma consulta pública para ouvir a sociedade sobre o registro do ofício das tacacazeiras como Patrimônio Cultural do Brasil.

O pedido de registro do Ofício de Tacacazeira começou em 2010, quando o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) solicitou a inclusão do saber no Livro dos Saberes, iniciativa ligada a um trabalho mais amplo sobre as tradições da mandioca no Pará.

Esse registro já havia sido reconhecido no Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) em 2006.

Em 2024, o processo ganhou novo impulso com a elaboração de um dossiê técnico, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). O documento analisou a importância histórica, cultural e social do ofício das tacacazeiras e fortalece sua candidatura como Patrimônio Cultural do Brasil

Segundo o Iphan, agora que virou patrimônio cultural, um Plano de Salvaguarda deve ser elaborado para ajudar a preservar o saber-fazer e melhorar as condições de trabalho das tacacazeiras.

O plano deve incluir “gestão e empreendedorismo; acesso a matérias-primas e insumos; melhoria das condições de comercialização; divulgação cultural e gastronômica; e direito à cidade, garantindo melhores condições de infraestrutura nos pontos de venda”, segundo o Iphan.


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