Amazonas
Maioria dos estudantes da educação superior no Amazonas está na rede privada aponta Censo 2022 do Inep
O Amazonas tem 110.369 matriculados no Ensino Superior, sendo 48.081 na rede pública e 62.288 na rede privada.
No Amazonas, há 1,3 alunos em cursos presenciais, matriculados na rede privada para cada aluno matriculado na rede pública. Foi o que apontou o Censo da Educação Superior 2022, divulgado nesta terça-feira (10/10) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O Amazonas tem 110.369 matriculados no Ensino Superior, sendo 48.081 na rede pública e 62.288 na rede privada. Em todo o país, foram 4,7 milhões de ingressos na educação superior em 2022, ante 3,8 milhões em 2021. Do total, 4,3 milhões se matriculou na rede privada. A maioria (66%) escolheu o ensino a distância.
Em três unidades da Federação (Alagoas, Piauí e Mato Grosso do Sul) das regiões Nordeste e Centro- Oeste, o número de matrículas na rede pública é igual ao da rede privada.
São Paulo, Rondônia, Santa Catarina, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Goiás têm uma proporção de alunos em cursos de graduação presencial na rede privada superior à média Brasil, enquanto Rio Grande do Sul e Pernambuco têm a mesma relação da média brasileira.
Acre, Roraima, Paraíba, Amapá, Tocantins e Rio Grande do Norte possuem mais alunos matriculados na rede pública.
O Censo da Educação Superior 2022 revela que menos de 25% dos jovens de 18 a 24 anos acessam o ensino superior no país: são 75,7% pessoas da faixa etária que não ultrapassaram a educação básica, sendo que 43,4% conseguiram concluir o ensino médio.
O número representa um leve aumento em relação ao último Censo da Educação, realizado em 2020, quando 74,2% dos jovens nessa idade estavam sem acesso a ensino superiro.
Os dados do Censo também mostraram que dos 22,5 milhões de jovens de 18 a 24 anos no país:
21,2% largaram o ensino médio;
9,9% ainda frequentam o ensino médio;
1,2% ainda frequentam o ensino fundamental;
20,2% frequentam o ensino superior;
4% já concluíram o ensino superior.
Uma das atuais metas da pasta é aumentar para 33% o número de ingressos na educação superior dentro da faixa etária.
Falta de alunos
O Inep também constatou que há um grande desafio em preencher as vagas oferecidas, sobretudo nas instituições públicas. Cerca de 25% das vagas estão vagas.
— Não estamos conseguindo, na rede pública, preencher as vagas oferecidas. Nem em medicina conseguimos preencher todas as vagas — declarou Carlos Moreno Sampaio, diretor do Inep.
Foram 4,7 milhões de ingressos na educação superior em 2022, ante 3,8 milhões em 2021. Do total, 4,3 milhões se matriculou na rede privada. A maioria (66%) escolheu o ensino a distância.
O Censo da Educação Superior é uma pesquisa estatística que acontece todos os anos. Os dados subsidiam o Ministério da Educação (MEC) no acompanhamento, avaliação e formulação de políticas públicas para o nível superior brasileiro. Participam da pesquisa as instituições federais, estaduais, municipais, especiais e privadas que ofertam cursos de graduação e sequenciais de formação específica.
O ministro da Educação classificou como “alarmante e desafiador” a expansão dos cursos a distância no ensino superior no Brasil: são 17,2 milhões de vagas, um recorde para a modalidade. A grande parte das vagas de cursos à distância está na rede particular (17 milhões).
Segundo os dados, houve um salto de 139,5% nos últimos quatro anos, passado de 7,2 milhões de vagas em cursos nessa modalidade em 2018 para 17,2 milhões no ano passado. Em apenas um ano, entre 2021 e 2022, foram mais de 435 mil novos alunos.
Enquanto isso, o número de vagas no ensino presencial foi de 5,6 milhões, o que representa uma queda em relação ao anterior, quando havia 5,9 milhões.
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