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Hezbollah ataca base militar em Israel durante visita do secretário de Estado dos EUA a Tel Aviv

Nesta terça, o líder do grupo palestino, Ismail Haniyeh, pediu que os países muçulmanos forneçam armas aos seus combatentes

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Um dia após o Exército de Israel anunciar o início de uma transição para uma etapa menos intensa da guerra com o Hamas, novos embates com grupo terrorista palestino, em Gaza, e com o movimento libanês Hezbollah, na fronteira norte do país, voltaram a ocorrer nesta terça-feira — mantendo um cenário de alta tensão entre os rivais no momento em que o secretário de Estado americano, Antony Blinken, visita o país para tentar impedir que o conflito tome proporções regionais.

Bombardeios israelenses voltaram a ser registrados no enclave palestino entre segunda e terça-feira, com autoridades médicas do Hospital al-Aqsa confirmando a morte de 57 pacientes nas últimas 24 horas. A agência de notícias oficial palestina, Wafa, noticiou que bombardeios contra os campos de refugiados de Maghazi e al-Bureij foram registrados, assim como no norte da Faixa de Gaza, em Jabalia e Beit Hanoun.

Nesta terça, o líder do grupo palestino, Ismail Haniyeh, pediu que os países muçulmanos forneçam armas aos seus combatentes.

— O papel da nação muçulmana (…) é fundamental [e] chegou o momento de apoiar a resistência com armas porque esta é a batalha de al-Aqsa e não apenas a batalha do povo palestino — declarou Haniyeh em Doha, em um discurso transmitido à imprensa na Faixa de Gaza.

O Exército israelense confirmou que uma incursão profunda em Khan Younis “eliminou” 40 terroristas. Também confirmou uma ação contra “sabotadores” em Maghazi, onde alvos também teriam sido eliminados. Além disso, autoridades militares confirmaram que nove soldados foram mortos na segunda-feira, elevando o total de baixas nas tropas para 185.

Autoridades do Estado judeu prometeram uma pausa de quatro horas nos bombardeios na região central de Gaza para permitir a entrada de ajuda humanitária e o reabastecimento da população civil.

Na fronteira norte, combates com o movimento xiita libanês Hezbollah se intensificaram após a morte de Wissam Hassan al-Tawil, um comandante da unidade Radwan, apontada por Israel como tendo objetivo de se infiltrar em sua fronteira norte. Ainda na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, confirmou que o ataque tinha sido lançado pelas forças do país, acrescentando que “pessoal, infraestrutura e operações do Hezbollah” estariam na lista de alvos de Israel.

Uma nova ofensiva ao território libanês, nesta terça, matou ao menos três pessoas no sul do país. Em resposta, o Hezbollah lançou um ataque com drones a uma base militar do Exército israelense. De acordo com um comunicado do grupo xiita, o alvo atingido foi “o centro de comando da região norte do Exército” israelense.

Esforço diplomático

A medida que os confrontos não dão trégua na frente de batalha, autoridades israelenses receberam, nesta terça-feira, a missão diplomática liderada pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que tenta conter a crescente tensão na região. Em turnê por países do Oriente Médio desde a semana passada, Blinken tenta passar aos líderes regionais a mensagem da Casa Branca de que o conflito não deve se estender a outros países, bem como cobrar a Israel uma ação limitada contra os civis palestinos.

O primeiro encontro do diplomata americano em Tel Aviv foi com o presidente israelense, Isaac Herzog. Ao chefe de Estado, Blinken reafirmou o compromisso de Washington com o direito de defesa de Israel, mas voltou a exigir que a resposta ao ataque terrorista de 7 de outubro fosse menos danosa aos civis palestinos. Herzog, por sua vez, denunciou o caso movido pela África do Sul, na Corte Internacional de Justiça (CIJ), sobre um suposto genocídio israelense em Gaza como “atroz e absurdo”.

Os dois concordaram que as conversas para libertação de reféns em Gaza e sobre ajuda humanitária ao enclave palestino devem avançar.

Logo após a reunião com o presidente, Blinken se dirigiu para um encontro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Após um contato inicial, a reunião deve ser aberta a outros integrantes do Gabinete de crise montado pelo governo israelense com parte da oposição.

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