Hospital Santa Júlia informa que atingiu 100% da capacidade de ocupação para internações

A rede privada de saúde em Manaus também está próximo do colapso devido o crescimento exponencial de casos de Covid-19 no Amazonas. O Hospital Santa Júlia, na Avenida Álvaro Maia, no Centro da capital, informou neste domingo (27) à noite, que atingiu a cota máxima de internações e não tem mais leitos clínicos e de UTI disponíveis. Conforme a nota da unidade particular no seu perfil oficial no Instagram, a capacidade de ocupação para internações está em 100%.

Confira na íntegra a nota do Hospital Santa Júlia:

“COMUNICADO URGENTE

O Hospital Santa Júlia, no cumprimento do seu dever de salvar vidas e mantendo o posicionamento de agir com transparência, informa:

Neste domingo, dia 27, atingiu 100% da sua capacidade de ocupação para internações.

E diante do atual quadro, apela para a população que retome os cuidados, porventura esquecidos, tão essenciais para o combate à pandemia, que ainda nos assola.

Não é hora de relaxarmos.

Manaus, 27 de Dezembro de 2020”

O Hospital Santa Júlia anuncia a falta de leitos horas depois do governo do Amazonas revogar o decreto que restringia o funcionamento de atividades não essenciais. Por pressão dos setores do comércio e serviços, o governador Wilson Lima decidiu flexibilizar as medidas restritivas anunciadas, na última quarta-feira (23), para conter o avanço acelerado da Covid-9 no Estado e autorizou, a partir desta segunda-feira (28), a reabertura de lojas, shoppings e demais estabelecimentos que se enquadravam no decreto revogado.

E de acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), o Estado contabiliza 196.436 casos e 5.190 mortes pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. Neste domingo (27), mais 429 diagnósticos e 17 óbitos pela doença foram confirmados.

Entre os casos confirmados de Covid-19 no Amazonas, há 645 pacientes internados, sendo 392 em leitos (107 na rede privada e 285 na rede pública), 245 em UTI (88 na rede privada e 157 na rede pública) e oito em sala vermelha, estrutura voltada à assistência temporária para estabilização de pacientes críticos/graves para posterior encaminhamento a outros pontos da rede de atenção à saúde.

Há ainda outros 147 pacientes internados considerados suspeitos e que aguardam a confirmação do diagnóstico. Desses, 101 estão em leitos clínicos (55 na rede privada e 46 na rede pública), 40 estão em UTI (23 na rede privada e 17 na rede pública) e seis em sala vermelha.

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