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Tristeza, indignação, vergonha e medo são sentimentos dos brasileiros sobre a Região Amazônica, diz pesquisa

Ao se falar em Amazônia, a tristeza é o sentimento principal para 24% das pessoas entrevistadas; 17% sentem indignação e 13%, vergonha.

At the end of the undercurrent Fire Season in the Amazon, Greenpeace registered the destruction left by forest fires, in a region between the states of Amazonas, Acre and Rondônia, in Brazil. Even with the acknowledge that the conservation of socio-biodiversity is essential to world climate, the Amazon presents areas of ashes and still living flames. Forest fires threatens people, animals and expands greenhouse gas emissions. Regardless of the overall decrease of heat focus of 2018, the most critical states in the country presented more fires fires. Ao final da temporada de fogo na Amazônia, o Greenpeace esteve em campo para registrar o estrago deixado pelas queimadas, na região entre os estados do Amazonas, Acre e Rondônia Mesmo com sua reconhecida importância para conservação da sociobiodiversidade e do clima no mundo todo, a Amazônia ainda possui focos ativos de incêndio e áreas de cinzas. O fogo oferece risco às pessoas e aos animais e contribui para engordar as emissões de gases do efeito estufa. Em 2018, apesar da tendência geral de queda no número de focos de calor na Amazônia Legal, estados críticos em desmatamento registraram mais fogo.

A pesquisa da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) em parceria com o Ipespe questionou, por telefone, 1.200 pessoas em todo o Brasil sobre a importância da Amazônia para o país e para o mundo. A margem de erro é de 2,9 pontos percentuais para mais ou para menos. As informações são do UOL.

Ao se falar em Amazônia, a tristeza é o sentimento principal para 24% das pessoas entrevistadas; 17% sentem indignação e 13%, vergonha. O medo foi relatado como sentimento principal relacionado ao tema por 11%.

Os sentimentos nada amigáveis são refletidos no descontentamento quanto aos cuidados com a Amazônia. Oitenta e três por cento dos entrevistados dizem estar pouco ou não estar satisfeitos com preservação do bioma, considerado o mais ameaçado do Brasil pelas pessoas ouvidas. A insatisfação se espalha por todas as faixas etárias e todos os níveis de ensino.

Talvez por esse motivo, a grande maioria dos brasileiros (88%) se diz preocupada ou muito preocupada com a preservação da Amazônia, que, para pouco mais da metade dos entrevistados, piorou ou piorou muito nos últimos cinco anos.

Desde 2012, a tendência observada no bioma é de aumento do desmatamento. O movimento de crescimento teve uma aceleração acentuada com o governo Jair Bolsonaro (sem partido). No primeiro ano da Amazônia sob Bolsonaro, houve uma explosão de 34% no desmatamento em relação ao ano anterior (considera-se o período de agosto a julho de um ano comparado ao mesmo espaço de tempo do ano que passou).

Mesmo com os mais de 10 mil km² de floresta destruída registrados em 2019, não foram anunciadas ações concretas para impedir o desmate, além de operações do Exército na floresta, que não demonstram efeito sobre os índices de desmate ou queimadas. Junto a isso, declarações relacionadas ao meio ambiente vindas de autoridades governamentais não pareciam apontar para a proteção ambiental.

Um exemplo veio do próprio celular do presidente da República, que mostrou à imprensa uma troca de mensagens entre ele e Sergio Moro, ex-ministro da Justiça.

Em uma das mensagens era possível ver que o ex-ministro dava explicações ao presidente sobre a destruição de maquinário pelo Ibama. “Coronel Aginaldo (de Oliveira) da FN (Força Nacional de Segurança) também nega envolvimento da FN nas destruições. FN só acompanha Ibama nas operações para segurança dos agentes, mas não participa da destruição de máquinas”, diz a mensagem de Moro.

Na mesma semana em que a mensagem veio a público um agente do Ibama foi agredido com uma garrafada no rosto durante uma operação contra desmate.

Bolsonaro é um crítico da destruição de equipamentos pelo Ibama – chegando até a desautorizar operação em andamento –, órgão que ele também costuma acusar por uma suposta indústria de multas ambientais –acusação nunca embasada em quaisquer dados apresentados.

Os dados, porém, continuam a apontar uma situação de desmatamento preocupante. Se em 2019 a destruição da Amazônia já trazia números gritantes, a situação para 2020 será ainda pior.

Dados do Deter, programa do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que aponta desmate em praticamente tempo real para orientar ações de fiscalização, mostram um crescimento de 34% do desmatamento de agosto de 2019 a julho de 2020, em relação ao período anterior. No fim do ano, o Prodes (que serve como o dado final de desmate no ano), portanto, deve registrar um novo aumento considerável da destruição no bioma.

Enquanto os dados globais apontavam o aumento do desmate na Amazônia, o vice-presidente e chefe do Conselho da Amazônia, Hamilton Mourão, comemorava a redução de desmate em julho, mês que teve registro de 1.658 km² de destruição – para efeito de comparação, o valor equivale a pouco mais de um quarto de todo o desmate registrado em 2015.

Em parte, a diminuição observada pode ser associada ao fato de que julho de 2019 alcançou uma taxa de desmatamento jamais registrada em qualquer mês da série história recente do Deter.

Bolsonaro costuma afirmar, mais uma vez sem provas, que maus brasileiros distorcem informações sobre a Amazônia e prejudicam a imagem do Brasil no exterior. O presidente e outros membros do governo também questionam o interesse de estrangeiros em assuntos relacionados à Amazônia.

A pressão internacional para que o desmate cesse encontra respaldo na opinião de 54% dos entrevistados na pesquisa. Por outro lado, 41% consideram que se trata de um assunto de soberania nacional e que a comunidade internacional não tem o direito de intervir na política ambiental brasileira.

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