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Brasil

PGR renova pedido para Meta enviar vídeo sobre acusação de fraude eleitoral que Bolsonaro postou e apagou

Os autores querem apurar a responsabilidade do ex-presidente na publicação de um vídeo em que um procurador do Estado de Mato Grosso defendia Luiz Inácio Lula da Silva teria obtido êxito no pleito eleitoral em razão de fraude no voto eletrônico.

O coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GCAA), Carlos Frederico Santos, requereu que a empresa Meta seja obrigada a entregar o vídeo postado em 10 de janeiro de 2023 no perfil do ex-presidente Jair Bolsonaro no Facebook. O pedido consta de manifestação encaminhada nesta segunda-feira (4) ao Supremo Tribunal Federal (STF). O órgão também pede que seja dado prazo de 48 horas para o cumprimento da obrigação, já determinada pelo relator do caso na Suprema Corte, o ministro Alexandre de Moraes.

No documento, o representante do Ministério Público Federal (MPF) esclarece que o requerimento de preservação do vídeo e posterior juntada ao Inquérito n° 4.921 – que apura incitação aos atos de 8 de janeiro – foi apresentado em 13 de janeiro, um dia após o recebimento de representação assinada por 80 membros da instituição. Os autores apontaram a necessidade de se apurar a responsabilidade do ex-presidente na publicação de um vídeo em que um procurador do Estado de Mato Grosso defendia, em síntese, que o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva teria obtido êxito no pleito eleitoral em razão de fraude no voto eletrônico.

Conforme a petição, ainda no dia 13 de janeiro, o pedido do GCAA foi acatado pelo relator, que, além da preservação do vídeo, determinou a inclusão do ex-presidente no inquérito e a expedição de ordem imediata à provedora para a preservação do vídeo postado e apagado do perfil. O objetivo foi garantir a entrega posterior de acordo com as regras estabelecidas no Marco Civil da Internet. Também foram solicitadas informações sobre o alcance do material (total de visualizações, número de compartilhamentos e de comentários) registrados antes de o vídeo ter sido apagado.

No entanto, passados onze meses do pedido e da determinação judicial, o material ainda não foi juntado ao inquérito. Em julho, o MPF já havia reiterado a solicitação, que segue sem resposta. “Não obstante as determinações judiciais, o MPF não foi intimado acerca do cumprimento das ordens judiciais, ou seja, não há informações da preservação e entrega do vídeo pela empresa Meta INC”, pontua Carlos Frederico.

Desta vez, além de reiterar os requerimentos já deferidos pelo relator do inquérito, o coordenador pediu que seja fixada multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento da ordem, destacando que o material requerido “é fundamental para que o titular da ação penal possa ajuizar eventual denúncia contra o ex-presidente da República”.

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