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Ibama vai exonerar chefe do centro de combate aos incêndios florestais na Amazônia e Pantanal

Gabriel Zacharias, analista ambiental que está no Prevfogo desde 2005, e que assumiu a chefia do centro especializado há cinco anos, será substituído pelo militar Antonio Pedro Diel Bastos, capitão do Corpo de Bombeiros do DF.

O chefe do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), unidade do Ibama responsável pelo combate às queimadas, será exonerado nos próximos dias, em meio a uma temporada em que os focos de fogo assumem proporções inéditas na Amazônia e no Pantanal. As informações são do jornal O Globo.

Gabriel Zacharias, analista ambiental que está no Prevfogo desde 2005, e que assumiu a chefia do centro especializado há cinco anos, será substituído pelo militar Antonio Pedro Diel Bastos, capitão do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. Segundo o seu currículo, disponível na plataforma Lattes do CNPq, Bastos tem experiência na área de bioquímica, com ênfase em bioquímica dos micro-organismos.

A exoneração de Zacharias será publicada no Diário Oficial. Seu novo posto ainda é desconhecido.

Uma reportagem do Glbo mostrou que, até o dia 30 de julho, o Ibama só havia investido 19% de seus recursos previstos para contenção e prevenção de incêndios florestais. O instituto afirmou que a verba costuma ser executada principalmente a partir de julho, com “ações de combate, via brigadistas, aeronaves e viaturas. Todo o orçamento será executado conforme previsto”.

Na semana passada, o ministro Ricardo Salles exonerou o coronel Homero de Giorge Cerqueira da presidência do Instituto Chico Mendes de Conservação à Biodiversidade (ICMBio), dois dias após voltar de uma viagem ao Pantanal. Ambos teriam discordado sobre como lidar com a crise das queimadas. O coronel Fernando Cesar Lorencini ocupa interinamente a presidência do órgão.

Apesar do decreto que instituiu a moratória do fogo, que proibiu queimadas na Amazônia e no Pantanal, ambos os biomas registram recordes de incêndio. A Amazônia tem uma nova queimada a cada 2 minutos, segundo levantamento do Greenpeace realizado entre julho e agosto. Foram vistos, neste período, 20.473 focos de calor na floresta, todos ilegais.

Entre 1º e 25 de agosto, o Pantanal registrou 4.288 queimadas, um crescimento de 145,7% em relação ao visto no mesmo período em 2019 (1.745).

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