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Após atos de 7 de setembro, reprovação a Bolsonaro bate recorde, aponta pesquisa Datafolha

A pesquisa do Datafolha foi realizada entre os dias 13 a 15 de setembro e ouviu presencialmente 3.667 pessoas com mais de 16 anos, em 190 municípios do país.

A reprovação ao governo do presidente Jair Bolsonaro bateu recorde, de acordo pesquisa do Datafolha divulgada nesta quinta-feira. O índice dos que consideram a gestão ruim ou péssima chegou a 53%, o maior desde o início do mandato. O número foi alcançado após os episódios do 7 de setembro, em que Bolsonaro fez ameaças ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e depois recuou.

Em julho, a reprovação ao presidente era de 51%, o que indica que a elevação agora ocorreu dentro da margem de erro da pesquisa. Mas se for analisado o índice desde dezembro, a curva é de elevação. No final do ano passado, 32% consideravam o presidente ruim ou péssimo.

O presidente é avaliado como bom ou ótimo por 22%, uma oscilação negativa de dois pontos em relação aos 24% da pesquisa anterior. Bolsosnaro é considerado regular 24%, mesmo patamar verificado em julho.

A pesquisa do Datafolha foi realizada entre os dias 13 a 15 de setembro e ouviu presencialmente 3.667 pessoas com mais de 16 anos, em 190 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

O levantamento ainda apontou um aumento da rejeição a Bolsonaro na faixa de renda entre cinco e dez salários míninos. O índice nesse grupo passou de 41% em julho para 50% agora. Entre as pessoas com mais de 60 anos, o percentual dos que rejeitam o presidente foi de 45% para 51%.

O segmento evangélico, tradicional base de apoio do chefe do Executivo, a reprovação já marca alta de 11% quando comparado aos números de janeiro, totalizando 41% dos entrevistados. O número já supera o de evangélicos que apoiam Bolsonaro, que totalizaram 29% dos eleitores que participaram da pesquisa. O dado representa uma inversão neste segmento já que, na última pesquisa, houve um empate técnico com 34% de reprovação e 37% de aprovação.

Na pesquisa com resposta estimulada e única, o grupo com maior percentual de aprovação ao presidente Jair Bolsonaro é o de empresários, com 47%. Em seguida, aparecem os que preferem outros partidos que não PT, PSDB, MDB ou PSOL, com 38%. Entre os entrevistados que se declararam evangélicos ou desempregados, 29% aprovam o governo Bolsonaro, e entre moradores da região Sul, 28%.

Reprovam o governo Bolsonaro 85% dos eleitores que preferem o PSOL, 73% dos que se declaram homossexuais ou bissexuais e 63% dos estudantes. Entre os entrevistados de 16 a 24 anos, 59% reprovam o presidente, assim como os que se declaram pretos.

A sequência de crises institucionais também alçou o presidente Jair Bolsonaro à segunda pior avaliação quando comparado a outros presidentes eleitos para um primeiro mandato no mesmo período do governo. O ex-presidente Fernando Collor de Mello tinha nesta altura do governo 68% de rejeição, seguido por Bolsonaro com 53%. Dilma Rousseff (PT) era rejeitada por 22% dos eleitores, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 23%, e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) 16%. Michel Temer (MDB), que assumiu a presidência após o impeachment de Dilma, chegou a marcar 82% de rejeição em um período similar do governo.

A pesquisa do Datafolha foi realizada entre os dias 13 a 15 de setembro e ouviu presencialmente 3.667 pessoas com mais de 16 anos, em 190 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

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