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Brasil

20% dos blocos de petróleo brasileiros estão na Amazônia, aponta monitor lançado nesta segunda-feira (23/10)

Maioria está em fase de análise. Dados são de monitor que mapeia projetos em nove países. Exploração na bacia da foz do Amazonas criou disputa no governo federal.

Cerca de 20% dos blocos de petróleo brasileiros em estudo, em oferta ou já concedidos estão na Amazônia. Trata-se, em números absolutos, de 451 blocos identificados em terra ou mar na região da floresta. Os dados são de um monitor lançado nesta segunda-feira (23) pelas organizações Instituto Internacional Arayara e Observatório do Clima. As informações são do site Nexojornal.com.br.

A iniciativa mapeia blocos no Brasil e nos outros oito países que têm a Amazônia em seu território. Quando se analisa toda a região, há 871 blocos de petróleo, a maior parte (78%) em estudo ou oferta. Os projetos representam 29% do total de propostas em análise ou desenvolvimento nesses países.

O monitor diz que 51% dos blocos em estudo ou oferta na Amazônia estão no Brasil; em seguida, aparecem Bolívia (14,8%) e Colômbia (11,9%).

A maioria dos blocos na Amazônia brasileira ainda estão na fase de análise. São, em números absolutos, 307 projetos no mar (81%) e em terra (19%). Quando se consideram os blocos já com contratos, seja na fase de exploração ou produção, há 52 blocos, como registrou o site Poder360.

Incluem-se entre os blocos em análise o FZA-M-59, que fica na bacia da foz do Amazonas, no litoral do Amapá. A região ficou no centro de uma disputa dentro do governo federal depois que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) negou, em maio, a licença para a Petrobras explorar a área, como lembrou a revista Exame.

Líderes sul-americanos têm travado embates que opõem desenvolvimento e conservação do bioma, cada vez mais cobrada no contexto da mudança climática.

O diretor de Transição Energética da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, defendeu a empresa, afirmando que os recursos necessários para financiar as mudanças contra o aquecimento global devem vir justamente da exploração de petróleo. Ainda assim, ele disse que a estatal fará o que o Ibama decidir. Depois da primeira negativa, a exploração da foz do Amazonas voltou para a análise do órgão, que não tem prazo para tomar a nova decisão.

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