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Amazonas

CPI da Pandemia no Amazonas vai pedir segurança para seus membros à Polícia Federal

Nos últimos dias, os parlamentares avançaram e começam a destrinchar os contratos milionários do hospital de campanha Nilton Lins.

Desvendando nas últimas semanas o uma “organização criminosa no Amazonas”, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia informou que solicitará da Polícia Federal (PF) reforço na segurança dos membros que compõem a comissão, que investiga irregularidades na Saúde do Estado nos governos de 2011 a 2020. A visita ao superintendente da PF no Amazonas, delegado Alexandre Silva Saraiva, será na tarde da próxima segunda-feira, dia 6. O pedido também será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR).

A solicitação de ir até ao órgão federal, que deflagrou a Operação Sangria no Amazonas na última terça-feira, dia 30, e que cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do governador do Amazonas, Wilson Lima, e prendeu oito pessoas ligadas ao Governo, partiu do deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) em reunião da CPI nesta sexta-feira, 3. De acordo com o parlamentar, à medida que as investigações e revelações são feitas pela Comissão, é necessário que seja resguardada a integridade física dos membros.

Nas últimas semanas, a CPI desvendou o caso da compra dos ventiladores adquiridos numa loja de vinhos em Manaus, que resultou num lucro de quase R$ 2 milhões, em horas, à Vineria Adega e à Sonoar, após pagamento do Governo do Amazonas. Nos últimos dias, os parlamentares avançaram e começam a destrinchar os contratos milionários do hospital de campanha Nilton Lins.

“Estamos mexendo com uma organização criminosa, que se apropriou da coisa pública. Só uma empresa movimentou mais de R$ 20 milhões. Eu não tenho medo do bandido pé de chinelo, mas do colarinho branco que tem milhões a perder. Essa CPI não veio para brincar, temos família, assessores, pai, mãe, filhos e peço uma visita na Polícia Federal”, disse Barreto, ao comentar sobre o notebook furtado do carro da assessora do deputado Fausto Júnior (PRTB), na manhã da última quinta-feira (2). “Não foi um simples roubo”.

Ainda segundo o parlamentar, desde o ano passado, quando assumiu o papel de líder da oposição na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), precisou se preservar, pois os interesses do Governo são muitos. Wilker lembrou que em 2019, conseguiu cancelar vários contratos do Governo e poupar mais de R$ 60 milhões do contribuinte amazonense.

“Designado pela presidência da Casa (Josué Neto), já andava com proteção policial. Ano passado, fiz cancelar mais de R$ 60 milhões em licitações com ajuda das cautelares do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), o que foi um duro golpe na organização criminosa. Por isso, sei da necessidade da proteção. O Estado, que é maior que um Governo, tem a obrigação de garantir a integridade do cidadão, e dos que estão enfrentando organizações criminosas”, frisou Barreto.