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Amazonas

Cai para 7,8% índice de trabalhadores sindicalizados no Amazonas, diz IBGE

Estado ficou em 24º lugar entre as 27 unidades da federação, sendo, portanto, um dos que têm menor percentual de pessoas ocupadas e associadas a sindicato.

O ano de 2018 teve a mais intensa queda dos últimos seis anos no número de associados a sindicatos, mostra pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, mesmo com o aumento de cerca de 1,3 milhão na população ocupada no País, os sindicatos perderam mais de 1,5 milhão de associados no ano passado. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) sobre mercado de trabalho, que teve informações adicionais divulgadas hoje (18).

Os dados de 2018 da PNAD mostram que, no Amazonas, 7,8% das pessoas (de 14 anos ou mais) ocupadas na semana de referência da pesquisa estavam associadas a um sindicato. Esse percentual colocou o Estado em 24º lugar entre as 27 unidades da federação, sendo, portanto, um dos que têm menor percentual de pessoas ocupadas e associadas a sindicato.

Na comparação entre 2017 e 2018, houve queda de 2,2 pontos percentuais no número de pessoas sindicalizadas no Amazonas, que antes representavam 10%. Essa queda vem acontecendo em todo o País, e uma das explicações, segundo o IBGE, é a extinção da contribuição sindical obrigatória da reforma trabalhista de 2017. Outra explicação é a redução do número de pessoas ocupadas com carteira assinada, pois são essas que mais se associam a sindicatos. A queda desse percentual vem ocorrendo ano a ano: em 2012, os sindicalizados representavam 15,9% das pessoas ocupadas no Amazonas.

Todas as grandes regiões mostraram redução do percentual de sindicalização em 2018. Tanto no Norte quanto no Centro Oeste a queda do contingente de trabalhadores sindicalizados foi de 20% (menos 180 mil e 192 mil pessoas, respectivamente). No Sudeste, a retração daquele contingente foi de 12,1% (menos 683 mil sindicalizados). No Sul, o percentual de sindicalizados (13,9%), pela primeira vez em toda a série da Pesquisa, ficou abaixo da estimativa da Região Nordeste (14,1%). Em 2018 os percentuais de sindicalização segundo as Grandes Regiões foram: Norte (10,1%), Nordeste (14,1%), Sudeste (12,0%), Sul (13,9%) e Centro-Oeste (10,3%).

Segundo a PNAD, o percentual da população brasileira ocupada filiada a sindicatos vem caindo desde 2012, quando era de 16,1%, e teve sua queda mais intensa no ano de 2018, quando chegou a 12,5%. Nos seis anos analisados, os sindicatos perderam quase 2,9 milhões de associados, grupo que chegou ao total de 11,5 milhões em 2018.

Em 2018, 19,4% dos ocupados como conta própria possuíam CNPJ, a maior estimativa da série; entre os empregadores essa cobertura era de 79,4%. Em relação à série histórica, a partir de 2012, cresceu o percentual de ocupados como empregador ou trabalhador por conta própria que estavam em empreendimentos registrados no CNPJ, atingindo 29,0% em 2016. Em 2017, recuou para 28,1%, voltando a crescer em 2018 (29,0%) e retornando ao mesmo valor de 2016 (29,0%).

Em 2018, o Amazonas era uma das Unidades da Federação com menor percentual de empregadores ou trabalhadores no trabalho principal em empreendimento registrado no CNPJ, que representavam 10,7% das pessoas ocupadas.
As Regiões Norte (13,4%) e Nordeste (16,3%) registravam as menores coberturas, enquanto que na Sul a estimativa era de 39,8%. Em relação a 2017, apenas o Centro-Oeste teve retração no CNPJ de 31,7% para 30,5%. Frente a 2012, o maior crescimento no percentual de registrados no CNPJ ocorreu na Região Nordeste, atingindo 38%.

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