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Fortuna de bilionários do mundo cresceu 60% durante a pandemia, informa relatório da Oxfam

A Oxfam aponta que a riqueza total dos bilionários saltou de US$ 8,6 trilhões (cerca de R$ 48 trilhões) em março de 2020 para US$ 13,8 trilhões (cerca de R$ 76 trilhões) em novembro de 2021.

Jeff Bezos e Elon Musk, bilionários. (Foto:Getty Images)

Os bilionários adicionaram US$ 5 trilhões (cerca de R$ 27 trilhões) às suas fortunas durante a pandemia, segundo novo relatório da Oxfam divulgado neste domingo (16), exacerbando a desigualdade econômica à medida que a pandemia empurrou milhões de pessoas em todo o mundo para a pobreza.

Usando dados compilados pela Forbes, a Oxfam aponta que a riqueza total dos bilionários saltou de US$ 8,6 trilhões (cerca de R$ 48 trilhões) em março de 2020 para US$ 13,8 trilhões (cerca de R$ 76 trilhões) em novembro de 2021, um aumento de 60% e maior do que nos 14 anos anteriores combinados.

Os 10 homens mais ricos do mundo viram sua riqueza coletiva mais que dobrar, ganhando US$ 1,3 bilhão por dia (cerca de R$ 7 bilhões).

O relatório foi divulgado antes do Fórum Econômico Mundial, que acontecerá esta semana de forma online após ser adiada devido à Omicron.

A Oxfam argumenta que os governos devem tributar os ganhos obtidos pelos super-ricos durante a pandemia e usar o dinheiro para financiar sistemas de saúde, pagar por vacinas, combater a discriminação e enfrentar a crise climática.

“Os bilionários tiveram uma pandemia terrível. Os bancos centrais injetaram trilhões de dólares nos mercados financeiros para salvar a economia, mas muito disso acabou enchendo os bolsos de bilionários em um boom do mercado de ações”, disse Gabriela Bucher, diretora executiva da Oxfam.

A riqueza combinada dos 10 maiores bilionários – incluindo o CEO da Tesla Elon Musk e o fundador da Amazon Jeff Bezos – dobrou durante a pandemia e agora é seis vezes maior do que a metade mais pobre do mundo, segundo o relatório.

“A desigualdade em tal ritmo e escala está acontecendo por escolha, não por acaso”, disse Bucher. “As nossas estruturas económicas não só tornaram todos nós menos seguros contra esta pandemia, como estão a permitir ativamente que aqueles que já são extremamente ricos e poderosos explorem esta crise para seu próprio lucro”.

A pandemia não foi o “grande equalizador” que alguns previam.

O Banco Mundial estima que 97 milhões de pessoas em todo o mundo entraram na pobreza extrema em 2020 e agora vivem com menos de US$ 2 por dia. O número dos mais pobres do mundo também aumentou pela primeira vez em mais de 20 anos.

A desigualdade de vacinas tornou-se uma questão importante, já que muitos dos países mais ricos acumulam doses, com estoques suficientes para vacinar suas populações várias vezes e falhando em cumprir suas promessas de compartilhá-las com o resto do mundo.

David Beasley, diretor do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, pediu aos bilionários, incluindo Bezos e Musk, que “ajam agora, de uma só vez” para ajudar a resolver a fome mundial em novembro.

A chamada recebeu uma resposta direta de Musk, que mais tarde disse no Twitter que, se a organização pudesse definir “exatamente como” o financiamento resolveria o problema, ele “venderia ações da Tesla agora e faria isso”.

A ONU divulgou um plano dias depois, mas o CEO da Tesla não se manifestou.

A informação é da CNN Brasil.


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