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É inevitável que Zona Franca sangre, diz deputado Marcelo Ramos, membro da transição de Lula

Para deputado Marcelo Ramos, eleito pelo Amazonas, reforma tributária irá se impor no primeiro ano do governo Lula.

Vice da Câmara diz que decreto invade competência do Congresso – Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

Anunciado nesta quinta-feira (10/11) integrante do comitê de transição, o deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM) diz que a reforma tributária vai se impor no primeiro ano do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e, neste cenário, “é inevitável que a Zona Franca de Manaus [ZFM] sangre”. A declaração foi publicada pela coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.


Ramos compara a necessidade de uma reforma tributária à previdenciária em 2019, primeiro ano do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na avaliação dele, a proposta de emenda tem mais chances de funcionar como uma matriz do que será discutido no ano que vem por dois motivos.

Primeiro porque o trabalho do economista Bernard Appy, responsável pelo projeto, tem afinidade com as ideias do PT. Segundo porque o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), que apresentou o texto na Câmara, tem articulado para o partido que pretende aderir à base de Lula.

Avançando a proposta, Ramos, deputado pelo Amazonas que não se reelegeu, acredita que a ZFM deve perder vantagem competitiva.

“Uma coisa é o deputado federal eleito pelo povo do Amazonas que tinha o dever de uma defesa da Zona Franca intransigente e sem nenhuma concessão. Outra coisa é o Marcelo Ramos convidado a participar de uma comissão de transição que vai fazer um diagnóstico e apontar uma solução para a política industrial para de todo o país”, declara.

Marcelo Ramos foi um dos nomes anunciados nesta quinta-feira (10) pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) para o grupo de Indústria, Comércio e Pequenas Empresas na transição.

Também farão parte Germano Rigotto (MDB), ex-governador do Rio Grande do Sul e coordenador do plano de governo de Simone Tebet, Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e Rafael Lucchesi, do Senai Nacional.

Para o 18 Horas

Ao site 18 Horas, o deputado federal Marcelo Ramos fez uma previsão dos desafios para a nova bancada federal do Amazonas. “A nova bancada federal precisa ter, por um lado, a capacidade de intervir nesse debate para proteger, ao máximo possível, a Zona Franca de Manaus; por outro lado , deverá construir medidas compensatórias para que qualquer redução de natureza tributária dos benefícios da ZFM possa ser compensada por investimentos em infraestrutura logística que diminua nosso custo-Amazonas ou buscar investimentos nas áreas de bioeconomia, de monetização da capacidade que a nossa floresta tem de sequestrar carbono da atmosfera ou na regulamentação do mercado de carbono”, disse, complementando que “não há reforma tributária sem que Zona Franca tenha alguma sangria”.

O representante do Amazonas na equipe de transição do governo Lula destacou ainda a necessidade de buscar soluções para os impasses previstos. ” A nova bancada terá que participar desse debate para que esses danos sejam mitigados e encontrar soluções criativas para que qualquer dano ou sangria que por acaso aconteça, possam ter medidas compensatórias por parte do governo federal”, finalizou.

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