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Verão na França tem ocorrência de nova epidemia de Covid com subvariante da ômicron

O novo subtipo do coronavírus provoca febre alta, dor de garganta, tosse, dores musculares e cansaço.

Uma mulher usando uma máscara protetora caminha perto do Arco do Triunfo enquanto a França enfrenta um surto de doença por coronavírus (COVID-19), em Paris

A França enfrenta uma nova epidemia de Covid-19 em meio às temperaturas elevadas do verão no hemisfério norte.

As infecções em alta são provocadas por uma subvariante da ômicron, a cepa EG.5.1, denominada Éris, que se propaga em países do oeste da Europa, nos Estados Unidos e na Ásia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que está monitorando este novo subtipo do coronavírus, que provoca febre alta, dor de garganta, tosse, dores musculares e cansaço.

À medida que a Éris se espalha entre franceses e turistas, as visitas aos prontos-socorros têm aumentado em várias regiões do país. Médicos e cientistas dizem não estar surpresos com este retorno da Covid-19, pois a temporada de verão é marcada por festas de rua, shows, casamentos, entre outras atividades que reúnem um número expressivo de pessoas.

Já se sabe que as aglomerações são favoráveis à transmissão dos vírus. No caso da Covid-19, neste momento, o contágio é facilitado pela queda de imunidade global proporcionada pelas vacinas, que diminui com o tempo, e uso menos frequente de máscaras de proteção facial.

Os primeiros indícios da nova epidemia de Covid-19 surgiram depois das Festas de Bayonne, no País Basco francês (sudoeste). A tradicional celebração de vários dias atraiu 1,3 milhão de pessoas no início de agosto.

Durante o evento, as farmácias e consultórios médicos da região registraram um aumento da procura de pacientes com sintomas gripais. Muita gente se surpreendeu com um resultado positivo para Covid-19.

Na quarta-feira (9), a doença voltou à lista dos dez diagnósticos mais frequentes da rede SOS Médicos, de acordo com a agência nacional de Saúde Pública (Santé Publique France).

Há suspeitas de que essa nova subvariante da ômicron seja mais contagiosa do que suas antecessoras. No boletim de monitoramento publicado ontem pelas autoridades, as visitas ao pronto-socorro por suspeita de Covid-19 estavam em alta de 56% entre crianças com menos de dois anos de idade e de 34% entre adultos.

As regiões do país com o maior número de casos positivos são País do Loire (+210%), seguido pela Normandia (+71%).

Em entrevista ao jornal Le Parisien, o epidemiologista Mircea Sofonea, da Universidade de Montpellier (sul), afirma que a França registra uma retomada incontestável da epidemia.

Ele atribui esse quadro à combinação de três fatores: o declínio imunológico, a evolução viral relacionada com as novas mutações e as aglomerações de verão. Os hospitais não estão sobrecarregados, segundo o médico, mas é preciso ficar vigilante e adotar os gestos de prevenção para evitar um agravamento da situação no outono.

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