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Economia

Com inflação e furtos, mercados de SP colocam alarme em peças de carne; redes também entregam bandejas vazias até pagamento

Idec afirma que medidas são permitidas, mas clientes têm o direito de ver o produto ser pesado e cortado. Procon destaca que práticas não podem ser discriminatórias.

Com o aumento do preço da carne bovina e o temor de furtos, supermercados da Grande São Paulo estão adotando diversas medidas de segurança em seus açougues. Além da prática de entregar bandejas de carne vazias aos clientes até que o produto seja pago no caixa, há redes que colocaram alarmes em peças de carne e relatos de seguranças dedicados apenas à área de açougue.

Os alarmes, antes restritos a produtos de maior custo, como bebidas importadas, por exemplo, vêm se tornando corriqueiros no setor de açougue de diversas redes.

Segundo funcionários entrevistados pela TV Globo, o equipamento tem sido adotada por conta do alto preço da carne, com peças que podem custar mais de R$ 100.

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), não há ilegalidade nas práticas da bandeja vazia e do alarme, e os mercados podem fazer isso com produtos que considerem muito visados.

No entanto, o Idec alerta que o cliente tem o direto de ver a carne, ou seja, escolher a peça, esperar que o açougueiro a corte na sua frente e aí receber, no caixa, o mesmo pacote.

“Faz parte do direito de escolha do consumidor analisar a peça antes de comprar. Isso é importante que seja respeitado e qualquer limitação nesse sentido não pode ocorrer. Também é importante que o consumidor verifique que o produto entregue é aquele que ele solicitou no momento da compra”, disse o representante do Idec, Igor Marchetti.

“Além disso, o fato da rede de supermercados somente nessa região aplicar tal conduta pode ser considerada atitude discriminatória, ferindo a isonomia que é preceito básico das relações de consumo”, completou Marchetti.

O Procon também destacou que as medidas não podem ser discriminatórias.

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