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Economia

Banco Central corta 0,5 ponto percentual da taxa de juros, e Selic vai a 12,25% ao ano

Redução vem em linha com a expectativa do mercado, que já apostava que a decisão de hoje fosse a mesma das duas reuniões anteriores.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (1º) pelo corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, que passa agora a 12,25% ao ano.

O corte vem em linha com a expectativa do mercado, que já apostava que a decisão de hoje fosse a mesma das duas reuniões anteriores, um corte de 0,5 ponto percentual, e em linha com o comunicado da última reunião finalizada em 20 de setembro.

No comunicado, o BC indicou que as próximas reuniões devem ter corte de igual magnitude. “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.

O BC também destaca a importância em se perseguir as metas para as contas públicas. “Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas”, cita o texto.

O Banco Central iniciou seu ciclo de afrouxamento monetário na decisão de 2 de agosto, quando reduziu em 0,50 ponto percentual a taxa básica de juros, que estava em 13,75% desde agosto de 2022.

A decisão à época ocorreu em meio a grande expectativa tanto do mercado como do governo pelo início dos cortes. Desde que assumiu, Lula e sua equipe – incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda Fernando Haddad – criticaram fortemente o patamar dos juros no país e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

O último Boletim Focus – relatório semanal com projeções de analistas e economistas do mercado sobre dados econômicos do país para este e os próximos três anos – manteve as estimativas pela décima segunda semana seguida para 2023. A projeção para a Selic ficou em 11,75% ao final deste ano.

Para 2024, os economistas calcularam um aumento a 9,25%, ante 9% na semana anterior. As previsões para 2025 também foram elevadas a 8,75%, contra 8,50%. A estimativa para 2026 foi mantida em 8,5%.

Super quarta

Nesta quarta-feira, o banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), manteve, pela segunda reunião consecutiva, as taxas de juros estáveis no intervalo de 5,25% a 5,50%, nível mais elevado em 22 anos, onde se encontram desde julho.

Em comunicado após a reunião, o Fed observou que “a atividade econômica expandiu-se a um ritmo forte no terceiro trimestre” – um desenvolvimento recente que intrigou alguns economistas.

Apesar de o Fed ter aumentado agressivamente as taxas de juro 11 vezes desde março de 2022, em uma tentativa de combater a inflação, a economia dos EUA não só evitou uma recessão até agora, mas em vez disso expandiu-se a uma taxa anualizada de 4,9% no terceiro trimestre, principalmente devido ao indicador sólido de gasto dos consumidores.

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