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Pesquisa da OCDE afirma que educação no Brasil é desigual e favorece alunos mais ricos

O estudo traz uma análise do desempenho do sistema educacional do Brasil em relação aos países da América Latina.

Cresce a diferença no desempenho entre os alunos. (Foto: Joel Silva/Folhapress/VEJA)

Um relatório inédito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em parceria com a Todos Pela Educação, divulgado nesta quarta-feira (30), mostrou que o setor educacional brasileiro é desigual e privilegia os alunos mais ricos ao invés dos mais pobres. A informação foi divulgada pela CNN Brasil.

Batizado de “A Educação no Brasil: uma Perspectiva Internacional”, o estudo traz uma análise do desempenho do sistema educacional do Brasil em relação aos países da América Latina e dos membros da OCDE.

À CNN Rádio, a presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, explicou que é importante destacar que houve “trajetória de avanço” na educação, pelo menos até o período da pandemia.

“Existe uma percepção equivocada de que a educação pública brasileira é um fracasso, e isso não é verdade”, avalia.

Ela ressalta que a OCDE aponta que, até o período da pandemia e com o que avaliou ser uma “gestão desastrosa” nos últimos anos, “as políticas públicas vinham com acertos importantes, como o Fundeb, expansão do sistema de avaliação e programas de alfabetização.”

Apesar dos avanços, porém, Priscila faz um alerta: “A educação no Brasil é extremamente desigual, avanços atingiram os mais ricos ao invés dos mais pobres, o esforço beneficiou os alunos com renda maior do que os de renda menor.”

“A gente precisa inaugurar um novo capítulo em que os esforços e investimentos precisam ser direcionados aos alunos menos favorecidos”, concluiu.

Outro quesito importante, para Patrícia, é a distribuição de gastos com a Educação – que não são escassos, mas mal direcionados entre as parcelas mais necessárias do setor.

Ela cita, por exemplo, a implementação do ensino integral: “O esforço tem que ser maior quanto mais vulnerável e pobre for o aluno. A matrícula em tempo integral deveria ser a norma, como no resto do mundo. Os melhores resultados no país são onde a matrícula em tempo integral é maior, é o caso de Pernambuco.”

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