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Brasil

Região Norte: 10 % das empresas encerraram definitivamente as atividades durante pandemia

Mais 50% das empresas em funcionamento (55,5%) mantiveram o número de funcionários em comparação ao início de março, porém 27,0% indicaram redução no quadro e 1,6% aumentaram o número de empregados.

Na Região Norte, das 26.311 empresas que fecharam (temporária ou definitivamente) na primeira quinzena de junho, 11.077 (42,1%) encerraram suas atividades por causa da pandemia. Além disso, a pesquisa revela que 7.791 (10,0%) das empresas da Região Norte haviam encerrado em definitivo as suas atividades.

As informações são da nova Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, divulgada hoje (16), e que integra as estatísticas experimentais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa objetiva estimar os impactos da pandemia da Covid-19 na economia brasileira, tendo como unidade de investigação as empresas não financeiras representativas das atividades de Indústria, Construção, Comércio e Serviços. A coleta da Pesquisa Pulso Empresa – Impacto da Covid-19 nas empresas (PPEmp), realizada quinzenalmente, teve início em 15 de junho de 2020, por meio de entrevista telefônica assistida por computador (Computer Assisted Telephone Interview – CATI) em todo o Território Nacional. Esta operação estatística de caráter excepcional permanecerá ativa pelo tempo em que for considerada relevante.

Na primeira quinzena de junho, estima-se que a Região Norte tinha 77.760 de empresas, sendo 51.449 (66,2%) em funcionamento total ou parcial, 18.520 (23,8%) fechadas temporariamente e 7.791 (10,0%) encerradas em definitivo. Os dados mostram que a Região Norte obteve o menor percentual de empresas abertas, mesmo parcialmente, e o maior percentual de empresas fechadas temporariamente, mas, em compensação, também obteve o menor percentual de empresas que encerraram suas atividades de forma definitiva.

Impacto negativo

Do total de empresas em funcionamento na Região Norte, 61,7% informaram que a pandemia teve impacto negativo, 20,4% declararam que o efeito foi pequeno ou inexistente e 17,4% disseram que o impacto foi positivo. Nas Regiões Sul e Centro Oeste, o percentual de empresas que informaram ter tido impacto negativo foi bem mais alto, respectivamente, 76% e 77,8%.

A queda nas vendas ou serviços comercializados, na Região Norte, em decorrência da pandemia foi sentida por cinco em cada dez empresas em funcionamento (53,7%) na primeira quinzena de junho em relação a março, quando começaram as medidas de isolamento para combater o novo coronavírus. Já 27,8% disseram que o efeito foi pequeno ou inexistente e 18,2% afirmaram aumento nas vendas com a pandemia.

Em relação à produção, 62,1% das companhias na Região Norte afirmaram que tiveram dificuldade de fabricar produtos ou atender clientes, 22,8% relataram não haver alteração significativa e 14,0% tiveram facilidade.

Já 55,9% encontraram dificuldades de acesso aos fornecedores, 38,8% informaram não haver alteração significativa e 2,2% encontraram facilidade.

Enquanto 53,5% tiveram dificuldades para realizar pagamentos de rotina, para 41,7% não houve alteração significativa e 3,1% encontraram facilidade.

Quanto ao pessoal ocupado, na Região Norte, mais de cinco em cada dez empresas em funcionamento (55,5%) mantiveram o número de funcionários em comparação ao início de março, porém 27,0% indicaram redução no quadro e 1,6% aumentaram o número de empregados.

Entre as empresas da Região Norte que reduziram a quantidade de empregados, 52,4% diminuíram em até 25% seu pessoal, 28,2% entre 26% e a metade (50%) e 19,7% encolheram seu quadro em mais da metade (acima de 50%).

Entre as demais medidas adotadas pelas empresas, mais de nove em cada dez empresas (96,7%) realizaram campanhas de informação e prevenção e adotaram medidas extras de higiene nas suas atividades. Observa-se também que 46,7% implementaram trabalho domiciliar (teletrabalho, trabalho remoto e trabalho à distância) e 32,7% anteciparam férias dos funcionários.

Dentre as empresas em funcionamento que adiaram o pagamento de impostos desde início de março, 51,9% afirmaram ter recebido apoio do governo na adoção dessa medida. E quase sete a cada dez (67,7%) empresas afirmaram ter conseguido crédito emergencial para pagamento da folha salarial desde o início da pandemia, com o auxílio do governo.

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