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‘Não tenho como saber o que acontece nos ministérios’, diz Bolsonaro, sobre denúncia de corrupção

Em depoimento na CPI, Bolsonaro foi acusado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) de ignorar alertas para supostas irregularidades no contrato de aquisição doe vacinas.

Bolsonaro afirmou desconhecer o que acontece em cada ministério. (Foto: lan Santos/PR/Divulgação)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje, em conversa com apoiadores, que não tem como saber o que acontece nos ministérios ao comentar sobre as suspeitas em relação à compra da vacina indiana Covaxin. Dizendo que precisa ter confiança em cada ministro, ele afirmou que ‘nada fez de errado’. As informações são do UOL.

Sem citar nominalmente o deputado Luís Miranda (DEM-DF), ela ainda disse que, quando foi informado sobre possíveis irregularidades, ‘não sabia como estava a questão da tratativa da Covaxin’.

“Aqui vem tudo que é tipo de gente. Não posso falar ‘você é deputado, deixa eu ver sua ficha’? Devia receber pouca gente, recebo todo mundo e daí ele que apresentou… Nem sabia como estava questão da tratativa da Covaxin”, disse Bolsonaro.

O presidente não foi claro na referência, mas Luís Miranda alega que avisou pessoalmente Bolsonaro sobre suspeitas em relação à compra da Covaxin. Em resposta, o deputado alega que ouviu que a questão era da alçada do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo.

Na conversa com apoiadores, Bolsonaro não fez referência sobre a citação a Barros e disse que não consegue ter controle sobre o que acontece em cada ministério.

“Somos 22 ministérios e só o ministério do Rogério Marinho tem 20 mil obras. Tem o Tarcísio (Freitas, ministro da Infraestrutura), tem a Damares (Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos), o da Justiça, da Educação… Não tenho como saber o que acontece nos ministérios, vou na confiança em cima de ministro. E nada fizemos de errado. Agora botam narrativa de que vacina fissura o governo no tocante da corrupção”, afirmou.

Depoimento na CPI Bolsonaro foi acusado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) de ignorar alertas para supostas irregularidades no contrato de aquisição do imunizante, como superfaturamento e favorecimento indevido à empresa responsável pela intermediação.

O irmão do parlamentar, Luis Ricardo Miranda, é chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, é o autor da denúncia. Em depoimento à CPI da Covid, o servidor de carreira da pasta, disse ter informado ao presidente três nomes de pessoas que o pressionaram a efetuar a importação da Covaxin.

Segundo relatos, o presidente teria dito que o líder do governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), seria o responsável pela condução das tratativas de compra da vacina.

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