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Ministério das Comunicações diz que não faltam recursos para o programa Amazônia Conectada

Está previsto para março de 2023 a conclusão do trecho entre Santarém (PA) e Manaus (AM) com 920 km de extensão e custo de R$ 165 milhões a serem pagos com recursos do edital de 4G.

Representantes do Ministério das Comunicações informaram nesta quarta-feira (22) que não faltam recursos para suprir a falta de conectividade da banda larga na Amazônia. A pasta também vê a oportunidade de instalar wi-fi em 5,6 mil escolas na região. O tema foi debatido na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara dos Deputados.

Os deputados pediram esclarecimentos sobre o projeto Amazônia Conectada, que tem o objetivo de levar rede de dados de alta velocidade ao leito do rio Amazonas, atendendo a 60 cidades e 10 milhões de pessoas.

Conforme o ministério, foi implantado neste ano o backbone, rede de transporte para a internet, entre Macapá (AP) e Santarém (PA) com 770 km de extensão e custo de R$ 94 milhões pagos com recursos da União.

Está previsto para março de 2023 a conclusão do trecho entre Santarém (PA) e Manaus (AM) com 920 km de extensão e custo de R$ 165 milhões a serem pagos com recursos do edital de 4G.

Os demais trechos serão executados com dinheiro do edital do 5G que prevê R$ 1,3 bilhão para o lançamento de rede subfluvial e redes metropolitanas na Amazônia.

“Não temos orçamento neste ano porque o dinheiro já está totalmente alocado. Não há necessidade de recursos do Orçamento da União para completar essas infovias”, afirmou o representante da pasta, Marcus Vinicius Galletti.

Segundo ele, com a conclusão do backbone do Acre, prevista para 2025, a região deve se transformar em uma fronteira de investimentos no setor com a atração de provedores de pequeno porte. Ele observou que as pequenas empresas podem suprir a demanda de clientes em cidades remotas, onde não há interesse das grandes operadoras. “A gente já tem notícia de que, em Rondônia, o mercado de pequenos provedores está muito aquecido, eles estão implantando redes interligando a cidade. Eu acho que o Acre será a próxima fronteira”, disse.

O deputado Jesus Sérgio (PDT-AC), que solicitou a reunião, elogiou a iniciativa. “Tínhamos uma esperança muito grande com o lançamento do satélite. Naquela época, até houve um cadastramento dos municípios mais isolados para receber internet”, disse.

Questionado pelo deputado Hiran Gonçalves (PP-RR) sobre quando está prevista a conexão de Roraima, Galletti disse que o backbone até Boa Vista vai ser implantado por uma empresa criada para gerenciar as obrigações do 5G, o que deve acontecer a partir do ano que vem.

Escolas

Em relação à conexão de escolas à rede wi-fi, Galletti informou que a pasta já instalou 6.500 pontos na Amazônia, atendendo a 685 municípios. O objetivo, explicou, é conectar 5,6 mil escolas à rede até o final do ano.

Sobre o atendimento das escolas por redes de fibra óptica nas cidades, ele informou ter expectativa de que a conectividade chegue às escolas atendidas pelas redes metropolitanas “até o final de junho, no máximo início de julho”.

Projeto Amazônia Conectada visa expandir a infraestrutura de comunicações e levar internet à região amazônica por meio de três mil quilômetros de redes óticas subfluviais nos leitos dos rios. O projeto foi instituído pela Portaria Interministerial nº 586, de 22 de julho de 2015, no âmbito do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) na região amazônica.

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