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Brasil

Datafolha: Centro-Oeste e Norte têm maior índice de apoio a atos em frente a quartéis

Pesquisa aponta que na região Centro-Oeste e Norte, 29% são a favor das manifestação e 65% são contrários.

A região Centro-Oeste e Norte é a que tem o maior percentual de apoiadores dos protestos que vêm sendo realizados no País contra o resultados da eleição que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em disputa com o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). É o que aponta pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (22/12)

A pesquisa aponta que três quartos (75%) dos brasileiros se dizem contrários aos atos que vêm sendo realizados pelo país em frente a quartéis. E que 21% são favoráveis. Na região Centro-Oeste e Norte, 29% são a favor das manifestação e 65% são contrários. No Nordeste, apenas 14% se disseram favoráveis, contra 83% que se disseram contrários.

A pesquisa aponta que a maioria dos entrevistados no País (56%) também considera que deve haver punição às pessoas que estão pedindo um golpe militar nesses protestos.

Realizado na segunda (19) e na terça (20), o levantamento foi feito presencialmente e tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O instituto ouviu 2.026 pessoas em 126 municípios.

O Datafolha perguntou aos entrevistados se eles eram a favor ou contra os protestos realizados por apoiadores de Bolsonaro em frente de quartéis e bloqueios de rodovias em que exigem uma intervenção militar contra o resultado do pleito.

Entre aqueles que dizem ter votado em Bolsonaro, 50% são contra os atos, enquanto entre os eleitores de Lula o índice chega a 96%, e a 90% entre aqueles que anularam ou votaram em branco.

Lula foi eleito com 50,9% dos votos válidos, frente aos 49,1% recebidos por Bolsonaro.
Considerando a amostra total, 56% responderam que deve haver punição às pessoas que estão pedindo um golpe militar nesses protestos, porque consideram que elas precisam respeitar a Constituição e o resultado da eleição. Enquanto 40% avaliam que elas não devem ser punidas, porque têm o direito de se manifestar contra a democracia.

Entre eleitores de Bolsonaro, menos de um terço é favorável a uma punição (29%) e 67% são contra. Os que defendem que sejam punidas são ampla maioria entre eleitores de Lula (81%) e também majoritários, ainda que em percentual menor, entre os que votaram em branco ou nulo (58%).
Quanto à punição, a diferença entre regiões se mantém. Entre os moradores do Nordeste , os que acham que aqueles que pedem golpe devem ser punidos chega ao maior patamar, com 69% de apoio. No Centro-Oeste e Norte, o percentual fica em 45% e chega a 54% entre os respondentes da região Sul.

Dos entrevistados católicos, 80% são contrários aos atos, entre os evangélicos, 65%. Os índices caem para ambos na questão quanto a se deve ou não haver responsabilização por defesa de intervenção militar, mas a diferença de posicionamento se mantém: 60% dos católicos são favoráveis a punição, e 45% dos evangélicos.

Por faixa etária não houve variação significativa quanto à primeira pergunta — as diferenças ficaram dentro da margem de erro de cinco pontos percentuais. Já na questão sobre punição, entre aqueles com 60 anos ou mais, 59% defendem que haja punição. A faixa com menor índice nesse aspecto foi a dos que têm de 25 a 34 anos, na qual 50% disseram o mesmo.

Os contrários aos atos entre mulheres (78%) ficam um pouco acima daqueles que dizem o mesmo entre os homens (73%).

Na faixa de renda mais baixa, de quem recebe até dois salários mínimos, 81% são contrários aos protestos e 63% defendem que quem pede golpe seja punido. Entre quem ganha até dez salários (a margem de erro nesta faixa é de 14 pontos), 51% não apoiam os protestos e 33% consideram necessária punição.

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