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Brasil

Com temor da variante Ômicron do coronavírus, 14 capitais cancelam festas de réveillon

O avanço da variante Omicron do coronavírus fez as prefeituras cancelarem as festas. Os eventos privados estão mantidos.

Festas com realização de shows públicos foram suspensas. (Foto:Reprodução)

Catorze capitais e o Distrito Federal já anunciaram que não vão realizar festas de Réveillon neste ano por temor de um avanço da covid-19 com a chegada da variante ômicron. Os eventos privados, porém, estão mantidos. Por enquanto, São Paulo, Natal, Recife, Fortaleza, Salvador, São Luís, Teresina, Aracaju, João Pessoa, Cuiabá, Campo Grande, Belém, Palmas, Vitória, Porto Alegre e Florianópolis cancelaram as festas da virada para evitar aglomerações. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também decidiu por não fazer nenhum evento em Brasília.

Com a chegada da ômicron, Fortaleza foi a primeira a fazer o anúncio, no sábado. O prefeito Sarto (PDT) justificou nas redes sociais que “a vacinação contra a covid-19 vai bem e os números de internações e óbitos seguem estáveis em níveis baixos”, mas não é hora de afrouxar as medidas. “Até chegamos a considerar a possibilidade de realizar nossa tradicional festa da virada, se a situação permitisse. Mas não podemos relaxar, sob pena de colocarmos todo trabalho feito até aqui a perder. O cenário internacional é preocupante. E estamos em alerta”, afirmou.

Na segunda-feira, foi a vez de Salvador anunciar que também estava deixando para trás a ideia de fazer uma festa para a virada de ano, alegando os mesmos riscos. “Diante da chegada de uma nova variante do coronavírus e do aumento de casos na Europa, estou tomando a decisão de cancelar o Virada Salvador deste ano. Sei da importância do evento para a economia da nossa cidade, mas seguimos colocando a vida das pessoas em primeiro lugar”, escreveu no Twitter o prefeito Bruno Reis (DEM).

O Festival Virada Salvador 2022 está oficialmente cancelado. A Prefeitura segue avaliando o cenário da pandemia no Brasil e no mundo para tomar as decisões necessárias para o enfrentamento da pandemia em Salvador. Recife confirmou hoje que não vai realizar shows e terá apenas queima de fogos sem estampido em quatro balsas na orla de Boa Viagem, além de espetáculos no Ibura, Lagoa do Araçá, Jardim São Paulo e Morro da Conceição.

“Vamos ter queima tradicional de fogos na orla de Boa Viagem, mas sem promoção de shows, que promovem grandes aglomerações, chegando a registrar mais de 1 milhão de pessoas na orla”, disse o prefeito João Campos (PSB). O Recife não fará os shows de Réveillon da cidade. Mas não desanima, tá? O sentimento de virada, de que dias melhores virão, será garantido com queima de fogos , sem estampido (alô, e ) na orla de Boa Viagem, Ibura, Lagoa do Araçá, Jardim São Paulo e Morro da Conceição”, informou a prefeitura em uma rede social.

Além das três maiores capitais do Nordeste, Aracaju, Natal, João Pessoa, Teresina e São Luís também já anunciaram que não vão ter festas de virada neste ano após a descoberta da ômicron. “Precisamos de cautela”, disse Edvaldo Nogueira, prefeito de Aracaju e presidente da FNP (Frente Nacional de Prefeitos). Em Belém, o prefeito Edmilson Rodrigues já decidiu por cancelar Réveillon e Carnaval, incluindo “desfiles das escolas, blocos de ruas e demais manifestações culturais de rua”.

Uma decisão difícil, mas necessária. Pensando na segurança e saúde de todos nós, a tradicional festa de Réveillon nas areias da Praia de Tambaú não será realizada este ano. Sigamos firmes na fé, acreditando que no próximo ano, teremos uma linda celebração”, disse o prefeito Cícero Lucena (@cicerolucena).

Em São Luis, o prefeito Eduardo Braide informou que “temos enfrentado a pandemia com determinação. Com isso, diante do surgimento da nova variante do coronavírus, tomei a decisão de não realizarmos o Réveillon em São Luís. O momento nos pede prudência e responsabilidade. A nossa principal missão é cuidar das pessoas”.
Ainda no Nordeste, Maceió é a única capital a manter as festividades sem alterações; porém, destaca que a confirmação dependerá da “situação sanitária local e do país” em dezembro.

Fora do Nordeste, a Prefeitura de Florianópolis e Porto Alegre, no Sul, também anunciou cancelamento da festa. Florianópolis diz que fará apenas o show pirotécnico. Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) , anunciou nesta quinta-feira que a tradicional festa da avenida Paulista está cancelada mais uma vez. Um dia antes, o governador João Dória (PSDB) tinha dito que era contra a realização de festas. “Vamos no caminho da cautela e do zelo para proteger vida, não é hora de fazer festa de Réveillon. Os prefeitos podem tomar medidas mais duras que as do estado, mas não mais facilitadoras”, afirmou.

No Rio, a prefeitura de Eduardo Paes (PSD) já planeja o Réveillon com três palcos na praia de Copacabana para atrair ao menos 2 milhões de pessoas com queima de fogos e “obrigatoriamente uma atração de renome internacional”. Também estão previstas festas no Flamengo (zona sul), Parque Madureira (zona norte), em outros sete bairros e na Ilha de Paquetá. Pela primeira vez, haveria palcos em Bangu e no Boulevard Olímpico, no Centro. Para esses eventos, a expectativa é de 1 milhão de pessoas.

Mas Paes reiterou hoje, pelas redes sociais, que só vai manter os eventos “se houver condições seguras para tal”. “Ter planejamento para o evento não significa que ele será realizado. É plenamente possível cancelar o que foi planejado. Mas estamos fazendo a lição de casa.”

O Centro-Oeste. Campo Grande e Cuiabá decidiram cancelar Réveillon e Carnaval 2022. Campo Grande nem fogos terá este ano. No Norte, Palmas e Belém anunciaram que também não irão fazer qualquer tipo de festa. “A Cidade Palmas confirmou hoje, que não haverá programação do réveillon 2022. Por causa da pandemia do coronavírus, o tradicional evento de virada de ano com direito a shows e queima de fogos de artifício não será realizado pelo segundo ano consecutivo”, informou a prefeitura em uma rede social.

‘Segurança nenhuma’, diz epidemiologista Com o avanço da vacinação, as festas de Réveillon eram negociadas desde o meio do ano pelas principais cidades do Nordeste, que pretendiam aproveitar a retomada do turismo, celebrar a virada e incentivar a economia. Mas, com países da Europa vivendo uma quarta onda da doença, as prefeituras começaram a repensar o assunto. O surgimento da variante ômicron foi a gota d’água para que as festas fossem definitivamente abortadas.

“A rigor, não temos segurança nenhuma para a realização dessas festas agora em dezembro”, diz a epidemiologista Glória Teixeira, do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e participante da Rede do Covida.

As informações são do site UOL.

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