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Brasil

Bolsonaro cancela homenagem que havia feito a cientista que comprovou ineficácia da cloroquina

Marcus Lacerda, pesquisador da Fiocruz Amazônia, foi atacado nas redes sociais por bolsonaristas por liderar um estudo que concluiu que as doses do medicamento que funcionavam em pacientes de malária e lúpus não faziam efeito para a Covid-19

Pesquisador da Fiocruz comandou estudo que comprovava que cloroquina era ineficaz para Covid-19

Incentivador do uso da cloroquina no tratamento da covid-19, o presidente Jair Bolsonaro revogou nesta sexta-feira (5) a condecoração da Ordem Nacional do Mérito Científico que havia concedido nessa quinta ao infectologista Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda, que demonstrou, de maneira pioneira, a ineficácia da droga contra o coronavírus. No mesmo ato, Bolsonaro retirou da lista de homenageados a sanitarista Adele Schwartz Benzaken, exonerada da direção do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde por causa da publicação de uma cartilha para homens trans. As informações são do Congresso em Foco.

A revogação da homenagem a esses dois nomes consta de edição extra do Diário Oficial da União. A concessão da honraria por Bolsonaro e pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, a 22 cientistas passou quase despercebida. O principal foco nas redes e no noticiário foi o fato de o presidente, notório negacionista, ter se autoconcedido a Ordem do Mérito Científico. A honraria, no entanto, como mostrou o Congresso em Foco, está prevista em decreto assinado em 2002 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, que prevê o título de Grã-Cruz ao presidente da República.

Os dois cientistas que perderam a homenagem se contrapuseram às diretrizes do governo. O médico Marcus Vinicius Guimarães de Lacerda, pesquisador da Fiocruz Amazônia, foi atacado nas redes sociais por bolsonaristas por liderar um estudo que concluiu que as doses do medicamento que funcionavam em pacientes de malária e lúpus não faziam efeito para a covid-19 e que poderiam levar à arritmia cardíaca e até à morte. O estudo clínico foi feito em março de 2020 com 81 pacientes em estado grave, internados na UTI de um hospital de Manaus.

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