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Amazonas

Universidade Federal do Amazonas concede título de professor emérito a Renan Freitas Pinto

A concessão foi aprovada, por unanimidade, pelos membros do Consuni, no último dia 3 de fevereiro.

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Amazonas (Consuni/Ufam) concedeu, na manhã desta terça-feira (02/05), o título de professor emérito ao professor Ernesto Renan Freitas Pinto. O título é concedido a professores aposentados que tenham alcançado posição eminente no ensino, na pesquisa ou na extensão.

A concessão foi aprovada, por unanimidade, pelos membros do Consuni, no último dia 3 de fevereiro. O presidente do Consuni, professor Sylvio Puga, destacou que a solenidade consiste em um encontro entre o intelectual e seus admiradores. “Hoje é um dia muito importante para a Ufam e para toda a sociedade amazonense. Esta é uma justa homenagem a um homem público, um intelectual de envergadura que muito contribuiu para a formação de nosso povo, um pesquisador que buscou compreender a Amazônia da forma mais adequada possível, criticando as imagens e ideias preconceituosas sobre a nossa região”, disse.

Responsável pelo discurso ao homenageado, a professora Elenice Scherer disse que Renan “é um condottiere literário e suas trincheiras são as do saber e do conhecimento”. A diretora do Instituto de Ciências Humanas e Letras (IFCHS), professora Iraildes Caldas, ressaltou que ele faz de sua existência uma luta constante em favor do país e dos povos da Amazônia.

Renan recordou a frase do padre Lancellotti: ‘A morte vai me encontrar lutando’. “Mesmo que eu não queira me comparar ao Lancelotti, essa frase dele é inspiradora. A morte vai me encontrar trabalhando, produzindo, nunca parado, pois nunca me acomodei à condição de professor aposentado. Aproveito para compartilhar essa homenagem com todos que trabalharam comigo, pois tudo é fruto de trabalho coletivo, de colaboração. Eu me sinto muito honrado com esse título e muito feliz em pertencer a esta instituição”, declarou.

Perfil

O professor Ernesto Renan Freitas Pinto atuou por mais de três décadas como docente da Ufam. Ingressou, em 1974, na então Universidade do Amazonas (UA) como professor auxiliar no Departamento de Comunicação. Em 2001, tornou-se professor titular da Universidade. É membro da Academia Amazonense de Letras desde 2012 e é reconhecido por ter marcado toda uma geração de estudiosos para além das Ciências Humanas.

É graduado em Letras – Língua e Literatura Inglesa (1969), possui mestrado em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) (1982) e possui doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) (1992). A tese, editada pela Edua, foi transformada no livro “Sociologia de Florestan Fernandes”, o qual é considerado uma das principais interpretações sobre o pensamento de Florestan Fernandes. A obra conta com prefácio do orientador do trabalho, o renomado sociólogo Octavio Ianni.

Amazônia

Em 1998, em conjunto com demais professores do então Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL/Ufam), implantou o Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura (PPGSCA), com o objetivo de formar recursos humanos voltados para a compreensão da realidade amazônica, especialmente, sobre os processos socioculturais amazônicos, dedicando seu capital intelectual à história das idéias no norte do Brasil, o que passa a denominar de pensamento social brasileiro na Amazônia.

Em 2013, conclui um pós-doutorado na USP sob a orientação do professor Willi Bolle, que resultou na publicação da obra coletiva “Teoria Crítica e Adorno – ideias em constelação”,organizada por ele, pelo professor Davyd Spencer e Tenório Telles e da qual participaram os mais reconhecidos estudiosos da obra de Theodor Adorno no Brasil e autores locais que dedicaram trabalhos a esse autor fundamental da Teoria Crítica. O trabalho foi publicado pela Editora Valer.

Com reconhecimento além das fronteiras da Ufam, Renan ministrou aulas no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Pará (PPGSA/UFPA); no Programa de Pós-Graduação em Patologia Tropical da Faculdade de Medicina da Ufam; no Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia (PPGCASA/Ufam) e no Programa de Agricultura no Trópico Úmido, do Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (Inpa).

Desde 2020, é professor visitante sênior Amazônia, com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e continua a ministrar aulas, orientar teses, proferir palestras, além de ministrar aulas magnas.

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