Amazonas
Tarifaço dos Estados Unidos impõe perda bilionária para o Amazonas, aponta estudo da Confederação Nacional da Indústria
Estado será o sexto mais afetado com as tarifas impostas pelo governo do presidente Donald Trump, aponta CNI.

O Amazonas será o sexto estado brasileiro mais afetado com as tarifas impostas pelo governo do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, com perdas de R$ 1,145 bilhão, de acordo com estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado na última terça-feira (29/07).
Segundo o estudo, o tarifaço anunciado pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros deve causar perdas econômicas bilionárias em pelo menos 6 Estados do país.
O aumento das tarifas, que começa em 1º de agosto, pode causar perdas acima de R$ 19 bilhões no Brasil, com impactos variados entre os estados. Em 11 estados, as vendas aos EUA representam entre 10% e 20% das exportações totais.
Segundo a entidade, São Paulo registrará o maior prejuízo absoluto: R$ 4,4 bilhões, com uma queda estimada de 0,13% no Produto Interno Bruto (PIB) estadual.
Os Estados do Sudeste e do Sul devem sofrer os maiores prejuízos financeiros, mesmo com exportações mais diversificadas. Perdas bilionárias poderão ser sentidas no Rio Grande do Sul (R$ 1,9 bilhão), Paraná (R$ 1,91 bilhão), Santa Catarina (R$ 1,7 bilhão) e Minas Gerais (R$ 1,66 bilhão).
O impacto econômico do aumento de tarifas varia entre os Estados conforme 2 fatores principais: o tamanho da economia local e o volume absoluto exportado ao mercado americano. Estados como Ceará, Espírito Santo e Paraíba têm forte dependência comercial dos EUA, com até 44,9% das exportações voltadas para esse mercado.
Ainda assim, por terem economias menores, as perdas em reais são bem mais baixas –de R$ 101 milhões a R$ 605 milhões.
Segundo o estudo, na região Norte, Amazonas e Pará também terão impactos bilionários, puxados pela exportação do Polo Industrial de Manaus.
No Centro-Oeste, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul somam prejuízos superiores a R$ 1,9 bilhão. Já no Nordeste, as perdas são menores, mas ainda relevantes: R$ 404 milhões na Bahia e R$ 377 milhões em Pernambuco.
As tarifas adicionais de 50% atingem principalmente produtos industrializados –que somam 78,2% das exportações brasileiras para os EUA– como café torrado, carnes congeladas, açúcar, soja e itens da siderurgia.
“Os impactos são muito preocupantes”, avalia Ricardo Alban, presidente da confederação. Ele avalia que o aumento das tarifas americanas prejudica os setores produtivos estratégicos e compromete a competitividade das exportações brasileiras.
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