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Amazonas

Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão contra garimpo ilegal em Jutaí, no Amazonas

Operação ocorreu em Jutaí e em Manaus. Segundo a PF, o prefeito de Jutaí será afastado do cargo.

A Polícia Federal no Amazonas cumpriu, nesta quarta-feira (20), dez mandados de busca e apreensão e dez medidas cautelares durante operação Uiara III, Operação Uiara III, que mira uma organização criminosa que atua com garimpo ilegal e tem praticado vários crimes ambientais na cidade de Jutaí e em outros municípios do Amazonas.

Entre os alvos estão o prefeito da cidade, Pedro Macario Barbosa, secretários e assessores municipais. Eles são suspeitos de cobrar propina de garimpeiros. Segundo a PF, a partir do cumprimento dos mandados de busca e apreensão e 10 medidas cautelares, foi determinado o afastamento de funções públicas e acesso à prefeitura de Jutaí, além da cassação de autorizações de garimpos de minério ilegal.

As penas, somadas para os alvos podem ultrapassar a 20 anos de prisão. A operação contou com a participação de policiais federais do Amazonas e do COT (Comando de Operações Táticas).

Esta é a terceira fase da operação, realizada em Jutaí e em Manaus. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços de investigados na cidade, que fica no sudoeste do Amazonas. Na capital, a operação ocorreu em um condomínio onde o prefeito tem uma casa.

Operação Uiara

Na Operação Uiara 1, realizada na região de Autazes e Nova Olinda do Norte foram destruídas 131 balsas, sendo três pessoas presas com 150 gramas de ouro extraído ilegalmente da calha do Rio Madeira.

Na segunda fase da ação, garimpeiros ilegais foram retirados da região de Borba e foram destruídas 34 balsas.

A SR/PF/AM esclarece que atualmente toda a atividade de lavra de minério na região é ilegal e que as ações para a retirada de garimpeiros continuarão a ser realizadas, assim como serão estendidas no decorrer do ano a outras regiões do Amazonas.

Prefeito de Jutaí

Pedro Macario Barbosa é suspeito de chefiar um esquema que usa a Prefeitura de Jutaí e secretarias para cobrar propina de garimpeiros que atuam ilegalmente na região. Conforme as investigações, os valores eram pagos em ouro ou dinheiro em espécie. Em novembro do ano passado, o prefeito chegou a ser preso com 257 gramas de ouro ilegal.

De acordo com as informações, os alvos da operação também cobravam propina dos donos de postos que vendiam os combustíveis para as dragas usadas em garimpos na região. O pagamento garantiria que a prefeitura fizesse vista grossa para a prática ilegal.

A operação desta quarta é resultado de uma investigação que começou em 2019 após a prisão de um garimpeiro.

A PF disse ainda que toda a atividade de lavra de minério na região é ilegal e que as ações objetivando a retirada de garimpeiros continuarão a ser realizadas, assim como serão estendidas no decorrer do ano a outras regiões do Amazonas.

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