Amazonas
PF inicia atividades do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia, para enfrentamento a crimes transnacionais na região
Unidade atuará no enfrentamento a crimes transnacionais e na integração entre forças de segurança na região amazônica.

A Polícia Federal realizou, nesta terça-feira (17/06), a cerimônia de início das atividades do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia – CCPI Amazônia, em Manaus/AM. Coordenado pela PF, o Centro está instalado em localização estratégica, e tem como foco o enfrentamento a crimes transnacionais que afetam a região.
A cerimônia contou com a presença do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, do Diretor-Geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, do Corregedor Nacional de Justiça, Mauro Campbell Marques, do Secretário Nacional de Segurança Publica, Mário Luiz Sarrubbo, do Diretor Geral da PRF, Antonio Fernando Souza Oliveira, do Deputado Estadual Dan Câmara, do Diretor da Amazônia e Meio Ambiente da PF, Humberto Freire e do coordenador do CCPI, Paulo Henrique Oliveira.
O CCPI é uma das principais entregas do Governo Federal no âmbito do Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Plano Amas), resultado dos compromissos assumidos na Carta de Belém e dos Estados da Amazônia Legal. A iniciativa é fruto de parceria com o BNDES e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, com recursos do Fundo Amazônia.
O novo Centro funcionará como um espaço de articulação conjunta entre forças de segurança pública do Brasil e de países vizinhos, promovendo o intercâmbio ágil de informações e o desenvolvimento de ações integradas no combate a crimes ambientais e outros como tráfico de drogas e contrabando. O CCPI contará também com representantes dos estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), fortalecendo a cooperação.
A estrutura do Centro inclui serviço de inteligência, divisões de operações e logística, sala de videomonitoramento, gabinete de crise, sala de imprensa, entre outros espaços voltados à atuação coordenada.
A iniciativa marca o início de uma nova fase de articulação regional e internacional contra crimes transnacionais que ameaçam a Amazônia Legal, como o desmatamento ilegal, a grilagem de terras públicas, a lavagem de dinheiro e a sonegação de impostos.
O projeto conta com papel fundamental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que destinou, por meio do Fundo Amazônia, R$ 36,7 milhões em recursos não reembolsáveis para a instalação do CCPI. O valor cobre aluguel da estrutura por três anos, aquisição de equipamentos, viaturas, lanchas e mobiliário. Ao todo, o Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Plano Amas), do qual o centro é parte essencial, recebeu investimento de R$ 318,5 milhões do fundo.
Durante a cerimônia, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, celebrou a integração entre segurança pública e proteção ambiental:“Estamos unindo inteligência, tecnologia e cooperação internacional para proteger a Amazônia e garantir a soberania brasileira sobre esse território vital para o futuro do planeta”, afirmou.
Coordenado pela Polícia Federal, o centro funcionará em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Força Nacional. Além das forças de segurança dos nove estados da Amazônia Legal, o CCPI contará com a participação de agentes de outros países da Pan-Amazônia, como Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, em consonância com os compromissos firmados na Carta de Belém.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, destacou a importância da integração e da cooperação no combate ao crime: “Segurança pública não se faz com frase de efeito, não se faz com grandes espetáculos, não se combate violência com mais violência. Se faz com inteligência, sabedoria, estratégia e integração”, declarou.Já o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, reforçou o caráter internacional da iniciativa: “Não há mais outra solução. Não é mais o município, o estado ou o país sozinho que pode enfrentar esse flagelo global. É preciso que os países se unam para combater o crime organizado trocando informações, desenvolvendo ações coordenadas e intercambiando dados de inteligência”, defendeu.
A atuação do CCPI se articulará com organismos multilaterais como Interpol, Ameripol e Europol, permitindo um fluxo diário e permanente de informações e investigações conjuntas. Sua instalação reflete uma diretriz clara do governo federal de integrar esforços ambientais e de segurança para proteger a Amazônia com base em ciência, tecnologia e cooperação internacional, com apoio decisivo do BNDES.
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