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Amazonas

No Amazonas, profissionais de saúde têm enfrentado problemas psicológicos graves, afirma pesquisador

Infectologista Marcus Lacerda alertou que trabalhadores estão sendo colocados no limite máximo e pediu contribuição da população

“O profissional de saúde nunca foi colocado no seu limite máximo de trabalho como tem sido colocado agora”. A afirmação é do infectologista Marcus Lacerda, pesquisador da Fundação de Medicina Tropical (FMT), que comanda os estudos sobre a eficácia da cloroquina e de outras substâncias em infectados pelo novo coronavírus e tem acompanhado de perto a realidade no Hospital Delphina Aziz. Na mesma ocasião, a secretária estadual de Saúde, Simone Papaiz, admitiu o baixo estoque de equipamentos de proteção aos trabalhadores que atuam na linha de frente do combate à pandemia.

“Os profissionais têm tido problemas psicológicos muito graves”, alertou Lacerda. A observação foi feita durante a transmissão do boletim de Covid-19, na tarde desta quarta-feira (15), no momento em que o médico pedia a contribuição da população para que não procurem as unidades de saúde, já no limite da capacidade de atendimento, exceto em casos graves. “É um pedido de clemência às pessoas”, enfatizou. “Esse é um momento crítico, pelo qual nós nunca passamos antes”

Na transmissão, ele estava acompanhado da secretária estadual de Saúde, Simone Papaiz, que admitiu uma condição que agrava ainda mais a situação dos profissionais que atuam na linha de frente do combate ao novo coronavírus: o baixo número de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e outros insumos. “Não temos um numero hoje suficiente para que a gente possa atender uma alta disponibilidade para as unidades que façam qualquer tipo de assistência”, disse.

Papaiz ressaltou que se trata de uma realidade mundial, imposta não só pelo aumento do preço dos produtos, mas pelo fato de que muitos fornecedores têm deixado de cumprir entregas. “Trabalhamos com quantitativo mínimo, a despensa está sendo muito controlada”. Ela explicou que foram montados kits com o que cada profissional, de acordo com a sua linha de trabalho, deve utilizar como EPI.

No último dia 8, a juíza Vanessa Leite Mota determinou que o Governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus fornecessem, dentro de 48 horas, Equipamentos de Proteção Individual aos profissionais de saúde e de apoio das redes estadual e municipal, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia.

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