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Amazonas

Na mesma semana do caso ‘Filó’, fiscalização apreendeu 26 animais silvestres em hotel no Amazonas

Operação coordenada pelo IBAMA, com a participação do IPAAM, apreendeu os animais em um hotel de Novo Airão, no Amazonas.

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) informou, que, na terça-feira, dia 25/04, participou de uma operação coordenada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Novo Airão, a 115 quilômetros a oeste de Manaus, contra o uso irregular da fauna silvestre, com a apreensão de 26 animais que eram usados como atração turística em um hotel.

A operação ocorreu na mesma semana em que a imprensa destacava o caso da capivara ‘Filó’, que foi apreendida e depois foi devolvida ao influencer Agenor Tupinambá, no dia 30/05, em Manaus, após uma decisão da Justiça Federal do Amazonas. O animal havia sido entregue para o Ibama na quinta-feira (27/05).

A ação em Novo Airão também contou com a participação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Batalhão de Polícia Ambiental do Amazonas (BPAmb/AM) e Exército Brasileiro (CIGs/AM).

Entre os animais apreendidos estavam cinco araras, duas cobras sucuris, três jiboias, seis jabutis, um matamatá (espécie de cágado de água doce), um periquitão maracanã, dois papagaios, três macacos pregos e três pirarucus. Treze destes animais são especialmente protegidos, constantes na lista do Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites).

Os animais eram mantidos sem a licença do Ipaam e em condições de contato direto e frequente de visitantes, que pagavam para frequentarem o sítio e manuseavam os animais, incentivados pelo dono da propriedade.

Segundo o Ipaam, o empreendedor, cujo nome não foi divulgado, tentou justificar a manutenção dos animais alegando que realizava o resgate e o tratamento das espécies, porém, sem qualquer tipo de acompanhamento veterinário ou habilitação técnica, comprovados no ato fiscalizatório. Além disso, “as interações irregulares com os animais eram publicadas em suas redes sociais, com o objetivo de garantir mais visitantes para o local”.

Sete autos de infração ambiental foram lavrados, por uso dos espécimes, abusos, maus tratos, uso comercial de imagens dos animais em situação irregular, funcionamento de atividade turística com fauna silvestre sem licenciamento ambiental, inexistência no Cadastro Técnico Federal (CTF) e uso de motosserra sem licença. As multas totalizam o valor de R$ 234.500,00.

O empreendedor foi notificado a prestar esclarecimentos sobre cada animal e excluir de suas redes sociais todo e qualquer conteúdo audiovisual que retrate as interações de humanos com animais silvestres.

Após a apreensão e análise do estado de saúde dos animais pela veterinária que acompanhou a ação, prosseguiu-se com a soltura imediata dos doze répteis e três primatas em local adequado para os espécimes. Os outros animais apreendidos necessitam passar pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas/AM) para avaliação e alinhamento, visando posterior soltura na natureza, caso possível

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