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Amazonas

“Governo Wilson Lima propõe criação de cargos para eleger seus cabos eleitorais”, diz deputado

O projeto do governo cria sete cargos de confiança denominados como: coordenador-geral e executivo; subcoordenador setorial; chefe de gabinete e assessor um, dois e três.

O deputado Dermilson Chagas (Podemos), considerou como proposta “eleitoreira” a Mensagem do Governo do Amazonas de nº 70/2020 que cria uma unidade integrada de articulação às comunidades. O projeto chegou à Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na última terça-feira (01) e quase foi votado na manhã desta quarta-feira (02), mesmo sem o parecer das Comissões Temáticas, ferindo o regimento interno.

O projeto do governo cria sete cargos de confiança denominados como: coordenador-geral e executivo; subcoordenador setorial; chefe de gabinete e assessor um, dois e três. Eles serão os responsáveis do “exercício de ações de natureza instrumental de apoio, articulações, controle, assessoramento e representação governamental, em nível central, para as comunidades e municípios do estado”.

Para Dermilson, a proposta na prática é para eleger os cabos eleitorais do grupo do governador Wilson Lima a vereadores e prefeitos. “Serve apenas para nomear os amigos do governador para que eles possam trabalhar de forma fictícia nas comunidades. Não existe outro objetivo para esse projeto eleitoreiro”, disse.

O projeto chegou a entrar na pauta de votação desta quarta-feira, mas foi retirado depois da contestação do próprio Dermilson e dos deputados Wilker Barreto (Podemos) e Serafim Corrêa (PSB), por no momento da deliberação, não haver nenhum parecer de análise das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, e Especial. “A base do governo não pode seguir o mesmo pensamento do chefe do executivo e atropelar o trâmite legal do regimento interno da Assembleia. Pois, nem reunião das comissões teve, e já está na pauta de votação? Isso é um desrespeito”, disse Chagas.

Dermilson sabe que o projeto deve ser aprovado, por causa da maioria dos deputados serem da base, mas cobra o cumprimento do regimento interno. “Então o bom senso deve prevalecer, pelo menos nesta casa. Mas se for dessa forma, atropelando tudo, não tem condições”, salientou.

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