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Amazonas

Fundo lançado no Amazonas vai investir em startups para reduzir dependência de incentivos fiscais

O fundo de investimento foi lançado pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e a Bertha Capital.

Iniciativa quer impulsionar o empreendedorismo inovador. (Foto:Reprodução)

O estímulo ao desenvolvimento de novas matrizes econômicas no Amazonas e, assim, possibilitar a redução da dependência dos incentivos fiscais, fazem parte dos objetivos do Corporate Venture Capital lançado nessa quarta-feira,23/3, pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e a Bertha Capital, gestora de fundos de investimento que conecta empresas líderes de mercado e startups.

De acordo com o presidente da FIEAM, Antonio Silva, o Fundo de Investimentos em Participações visa melhorar e oxigenar importante vetor econômico, impulsionando o empreendedorismo inovador e conferindo um ambiente salutar de negócios. “O objetivo é não somente mudar o cenário financeiro para as empresas da região, mas também apoiar as iniciativas de pesquisa e desenvolvimento, estruturação de laboratórios e desenvolvimento dos negócios”, disse Silva.

Durante o evento de lançamento do FIP FIEAM (Fundo de Investimento em Participações das Indústrias do Polo Industrial de Manaus) no SESI Clube do Trabalhador, o consultor jurídico da Presidência da FIEAM, Rafael Oliveira, destacou a indispensável parceria do presidente do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) José Augusto de Melo Neto, e já anunciou como frutos da iniciativa os projetos de construção do Cetam/IEL e da Escola de Turismo, este último também em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomércio).

O Cetam/IEL vai ofertar cursos técnicos para preparação de recursos humanos para o mercado de trabalho, para a população de 15 a 28 anos, com duração de até 3 anos.

Segundo Oliveira, 62% da população com idade de 15 a 28 anos, não estudam, não trabalham e nem estão se preparando para trabalhar, e essa parcela da população que no futuro vai compor a mão de obra para o desenvolvimento econômico, precisa ser desenvolvida e a FIEAM precisa contribuir de alguma forma para isso, e a maneira que está sendo feita é por meio de parcerias.

Participação das indústrias – As empresas podem dar sua parcela de contribuição, por meio do FIP FIEAM, que é um fundo de Venture Capital Multicotista, estruturado com Recurso de P&D ou capital privado, para investir na geração de Empresas de Tecnologia de Impacto Global na Amazônia.

O fundo realizará aportes entre R$ 500 mil e R$ 5 milhões em startups da indústria 4.0, que apoiem a digitalização das companhias locais; negócios da bioeconomia, que aproveitem o potencial da biodiversidade da região; fintechs, que facilitem o crédito para empresas amazonenses; e travel techs, que causem impacto positivo no turismo.

A escolha das verticais de investimento do fundo ocorreu após diálogo com as indústrias do Amazonas, que relataram as principais dores e oportunidades que poderão ser sanadas pelas startups favorecidas. Para otimizar o processo, o primeiro aporte será destinado à venture builder de startups da própria FIEAM, que pretende investir e acelerar cerca de 50 novos negócios regionais nos próximos 4 anos, com foco em company builder, visando prestar todo o suporte necessário para a construção de uma jornada de sucesso. As inscrições para a venture builder estarão abertas de 5 de abril a 5 de maio.

De acordo com Rafael Moreira, CEO da Bertha Capital, o fundo será responsável por investir em aproximadamente 15 negócios mais robustos e, por isso, decidiu inaugurar com o aporte à venture builder, que irá se encarregar dos investimentos em startups menores.

“A nossa ideia é criar um efeito cascata, em que o primeiro investimento fortaleça uma empresa maior, que por sua vez, irá empoderar vários negócios em fase inicial, que são a maioria na região. Esse é o nosso primeiro fundo com o apoio de uma paraestatal, ou seja, de uma entidade que, mesmo não integrando a administração do Estado, presta serviços para a população e colabora com o bem-estar coletivo. Juntos, nós queremos estimular o empreendedorismo de base tecnológica na Amazônia e capitalizar empresas locais”, afirma.

Investimentos no Norte

Dados da Associação Brasileira de Startups (Abstartups) mostram que 68,9% das startups da região Norte nunca receberam investimentos. Dentre as que já receberam, o Venture Capital representa apenas 7,1% do total. Assim, o fundo chega com o objetivo não só de mudar o cenário financeiro para as empresas da região, mas também de apoiar nas iniciativas de pesquisa e desenvolvimento, estruturação de laboratórios e desenvolvimento dos negócio


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