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Amazonas

Epidemia de gripe atinge Amazonas e pelo menos mais 16 estados no Brasil

Além de São Paulo e Rio de Janeiro, os locais com avanço mais claro da doença ou maior número de infecções pela variante H3N2 são Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rondônia.

A epidemia de gripe já afeta ao menos 17 estados do país, que informam ter notado aumento incomum de atendimentos por influenza nas últimas semanas. Instabilidades nos sistemas de notificação, porém, não permitem saber o tamanho exato desse crescimento. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Além de São Paulo e Rio de Janeiro, os locais com avanço mais claro da doença ou maior número de infecções pela variante H3N2 são Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rondônia, segundo o levantamento feito pela Folha com todas as secretarias estaduais de Saúde.

Apenas seis unidades da Federação afirmaram não ter notado uma ampliação na demanda até esta quinta (23), metade deles no Centro-Oeste: Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de Sergipe, Tocantins, Ceará. Outras quatro secretarias não responderam ou não confirmaram.

Apesar da rápida expansão da doença, poucos governos já encaram a situação como epidemia. A maioria fala em alerta, incluindo as administrações paulista e baiana, o que difere do entendimento de epidemiologistas como Paulo Lotufo, da Faculdade de Medicina da USP.

“Hoje a epidemia já é nacional. Estourou em todos os lugares, nem precisa fazer conta. Os registros em dezembro já indicam isso, apesar de haver secretarias negando. É preciso orientar a população”, afirma. Os cuidados são os mesmos da Covid-19 – máscara, álcool em gel e distanciamento.

Somando os números informados pelas secretarias, o país registra ao menos 1.312 casos e 10 mortes por síndrome gripal causada pela cepa H3N2, a principal em circulação. Mais de metade dos casos (772) está no Amazonas, mas o estado não detalhou se em todos eles a variante foi confirmada por análise laboratorial, como nos outros locais.

Esse total nacional provavelmente está subnotificado. Primeiro, porque a identificação do vírus normalmente é feita por amostragem. Segundo, porque o atendimento de pacientes com síndrome gripal não é de notificação compulsória pelos municípios.

Situações de surto, no entanto, devem ser avisadas obrigatoriamente aos estados, assim como casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). O problema é que, com o ataque hacker ao Ministério da Saúde, as unidades de saúde e vigilância não estão conseguindo notificar nem extrair dados há quase duas semanas.

Norte

Em parte do Norte do país, o período de chuvas agravou a transmissão da doença. “O Amazonas se encontra no período sazonal, que corresponde à intensificação das chuvas na região amazônica, portanto no período epidêmico para os vírus respiratórios”, informou a secretaria amazonense, com 679 dos 772 casos de H3N2 deste ano concentrados em Manaus.

Na mesma região, Rondônia e Acre tratam o aumento como surto. Apenas em dezembro, o primeiro estado registrou 485 casos de influenza A (sem especificação), contra 38 no ano passado. Já o segundo teve 93 notificações desse tipo só neste mês, sendo 37 deles da variante H3N2.

Roraima destaca um salto de 13.701 para 16.876 nas síndromes gripais entre 2019 e 2021, mas não confirma se o crescimento se deu recentemente pela gripe ou por causa da Covid no restante do ano, por exemplo. Não há confirmação da nova cepa no estado, porém o monitoramento foi reforçado.

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