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Amazonas

Em Manaus, professores ocupam a Seduc em movimento contra ameaça da Covid-19

“É o pior governo com quem já lidamos. O autoritarismo fala mais alto com Wilson Lima”, disse a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) informou que até o início da tarde desta terça-feira, mesmo com a ameaça da Secretaria de Educação (Seduc) de demitir os professores do Processo Seletivo Simplificado e tirar a carga dobrada e horas complementares de outros e reduzir os salários, trabalhadores de mais de 50 escolas da rede estadual aderiram total ou parcialmente à paralisação das aulas presenciais.

“O governo quer passar para a sociedade a ideia de que está tudo bem, mas além dos colegas que paralisaram, muitos outros estão afastados por atestado médico por terem comorbidades e ou por estarem com covid-19. Os poucos alunos ficam dentro de um auditório fazendo atividades”, denuncia a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues.

O sindicato informou que está recebendo várias denúncias de trabalhadores querendo aderir à paralisação porém com receio das ameaças por parte da Seduc. “É o pior governo com quem já lidamos. O autoritarismo fala mais alto com Wilson Lima”, disse a presidente do Sinteam.

O Sinteam ocupou a sede da Seduc nesta terça-feira, numa tentativa de abrir o dialogo com o governo. O secretário de Educação Luis Fabian Pereira Barbosa não apareceu até o meio da tarde para negocias. A espera já dura mais de 5 horas.

O clima ficou tenso desde o início da manhã na sede da Seduc. Um grupo de professores sob a liderança de Ana Cristina Rodrigues, foi cedo para o local, na tentativa de ser recebido por Luís Fabian, segundo ele, após várias tentativas de diálogo, inclusive com envio de ofícios com pedidos de audiência, todos protocolados, mas nunca respondidos. Após mais de 5 horas de espera, os professores decidiram ocupar a Seduc.

Policiais Militares foram chamados, mas ficaram apenas observando o movimento. À tarde, os professores permaneciam aguardando o secretário para tentar, ao menos, marcar uma reunião.

O sindicato denunciou que o governo quer passar para a sociedade a idéia de que está tudo bem com relação à volta as aulas presenciais em plena pandemia de Covid-19, mas não está. De acordo com números da Fundação de Vigilância em Saúde do Estado (FVS) são mais de 600 trabalhadores infectados com coronavírus até agora, fora os que ainda não foram restados e os alunos, que não vão ser examinados.

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