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Amazonas

Dona de lavanderia fica em silêncio, passa mal e depoimento é suspenso em CPI da Saúde no Amazonas

A Norte Serviço está sendo investigada por alegar ter lavado 44 toneladas de roupas para o Hospital de Campanha Nilton Lins em 13 dias de serviços. E faturou, ao longo de três anos, quase R$ 25 milhões do Estado.

A dona da Norte Serviços Médicos, Criselídea Bezerra de Moraes, 68, não soube responder perguntas básicas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE) que investiga gastos do governo do Estado com saúde, com foco no período da pandemia de Covid-19. Ela alegou o direito de ficar em silêncio e passou mal, fazendo o presidente da CPI, deputado Delegado Péricles (PSL) a encerrar o depoimento.

A Norte Serviço está sendo investigada por alegar ter lavado 44 toneladas de roupas para o Hospital de Campanha Nilton Lins em 13 dias de serviços. E faturou, ao longo de três anos, quase R$ 25 milhões do Estado.

Criselídea não soube informar quanto há quanto tempo tem a Norte Serviços Médicos. Disse que “faz muito tempo”. Também não soube informar se conhecida o dono anterior Vitor Vinícius Souto dos Santos, o endereço, o número de funcionários, o faturamento e disse que efetuou o serviço e não recebeu pagamento do governo . “Não vejo crime nenhum nisso”, disse ela, alegando que estava sendo constrangida no País inteiro por “um crime que não cometeu” e que estava se sentindo “condenada”.

A empresária disse que não se sente obrigada a dizer quanto ganha.

O deputado Wilker Barreto (Podemos) disse que , “visivelmente” a depoente não é dona da empresa, pois não sabe dados básicos da empresa que tem negócios milionários”. Para ele, ela está sendo “usada ou conivente” e não tem condições físicas para isso.

Péricles chamou a atenção sobre o fato de que a empresária tem responsabilidade e vai responder pela empresa. E deveria aproveitar a oportunidade para esclarecer os fatos.

A pós a informação de que estava com pressão alta, segundo a enfermeira que lhe acompanhava, a CPI decidiu encerrar o depoimento.

Os deputados da Comissão disseram que Criselídea estava sendo vítima e que estava sofrendo uma “maldade” dos que seriam os verdadeiros interessados na empresa. E consideraram que o comportamento dela já apresentou “um caminho de raciocínio” para a investigação. “Está claro que ela é vítima de alguém que está usando parta fazer mal a ela. Isso é indigno com alguém de 68 anos, uma maldade”, disse o deputado Serafim Corrêa.

Para Wilker Barreto, o que a CPI viu foi “estarrecedor”, “uma senhora é visivelmente uma laranja, não tem um mínimo de informação e já cabe denúncia ao Ministério Público do Estado, que tem ferramentas que podem avançar em relação à investigação da empresa.”.

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