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Amazonas e outros 17 Estados têm tendência de alta nos casos de doenças respiratórias, aponta Fiocruz

A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 28, que compreende os dias de 10 a 16 de julho e tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 18 de julho.

Divulgado nesta quarta-feira (20/7), o novo Boletim InfoGripe Fiocruz sinaliza para cenários opostos entre os estados do norte e sul do país. Enquanto os do Sudeste, Sul e Centro-Oeste apontam para interrupção do crescimento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), iniciado em abril em diversos estados, e início de queda em alguns, Norte e Nordeste têm manutenção do crescimento iniciado em junho.


Dezoito das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 28: Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Os demais estados e o Distrito Federal apresentam estabilidade ou queda na tendência de longo prazo até a Semana Epidemiológica (SE) 28. Na presente atualização, observa-se também que 13 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 28: Aracaju (SE), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Referente ao ano epidemiológico 2022, já foram notificados 197.788 casos de SRAG, sendo 97.969 (49,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 75.117 (38,0%) negativos, e ao menos 14.828 (7,5%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos do ano corrente, 4,6% são de influenza A, 0,1% de influenza B, 9,0% de vírus sincicial respiratório (VSR) e 79,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 1,9% para influenza A, 0,2% para influenza B, 5,6% para vírus sincicial respiratório e 79,3% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 28, que compreende os dias de 10 a 16 de julho e tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 18 de julho.

Apesar da desaceleração no ritmo de crescimento no número de novos casos semanais e possível formação de platô em diversos estados do centro-sul, o cenário ainda é instável e exige cautela – o Paraná e o Rio Grande do Sul mostram tendência de retomada do crescimento em crianças pequenas (0 a 4 e 5 a 11 anos), contrastando com o sinal de platô em adultos. Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo apresentam indícios de terem iniciado o processo de queda no número de casos de SRAG.

Em contrapartida, a maior parte dos estados das regiões Norte e Nordeste aponta para sinais de manutenção de crescimento ainda em ritmo elevado. “Isso pode estar associado ao fato de que a metade sul iniciou o processo de crescimento mais cedo, ainda em abril, enquanto na metade norte esse processo se inicia com maior clareza a partir de final de maio e início de junho”, explica o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Casos e óbitos por faixa etária

A pesquisa indica que, no grupo de 0 a 4 anos, o volume de casos associados ao Sars-CoV-2 (Covid-19) se mantém acima daquele observado para o vírus sincicial respiratório (VSR) nas últimas quatro semanas. Na população adulta, os casos de SRAG com resultado laboratorial positivo também continua sendo amplamente dominado pelo Sars-CoV-2 (Covid-19). Embora não se destaque no dado nacional, o vírus influenza A (gripe) H3N2 mantém presença em diversas faixas etárias no estado do Rio Grande do Sul.

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