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Economia

Inflação: 65% dos consumidores reduzem alimentos e compram marcas mais baratas

Uma em cada três pessoas diz ter cortado os alimentos não essenciais e a cada dois entrevistados, um afirmou que está comprando uma quantidade menor de peixe ou carne.

Uma em cada três pessoas diz ter cortado os alimentos não essenciais (Foto: Arquivo / Agência Brasil)

O custo de vida no Brasil tem colaborado para o endividamento da população, segundo uma pesquisa realizada pela Proteste, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. Com isso, 65% dos consumidores passaram a comprar no supermercado marcas mais baratas, como as marcas próprias das redes.

Além disso, uma em cada três pessoas diz ter cortado os alimentos não essenciais e a cada dois entrevistados, um afirmou que está comprando uma quantidade menor de peixe ou carne. O estudo, divulgado no início de junho, foi realizado em parceria com o Grupo Euroconsumers em quatro países além do Brasil: Bélgica, Portugal, Itália e Espanha.

No Brasil, o levantamento contou com 1.038 participantes e a pesquisa aponta que a maioria dos entrevistados, 91%, mudou seu comportamento em relação ao consumo de bens e serviços desde início do ano. No grupo, 70% começaram a desligar eletrodomésticos ou já evitam a usá-los e 45% dos entrevistados evitam usar o carro em função do aumento do preço do combustível, enquanto 28% passaram a dirigir de forma mais econômica.

Mesmo com a piora indicada, o país que apresentou o maior percentual de consumidores cujo padrão financeiro melhorou no último ano, com 16% dos brasileiros afirmando ter progresso. Já em Portugal e na Espanha esse dado foi de 9%, na Bélgica de 8% e na Itália de 7%.

Apesar do índice positivo comparado aos europeus, ainda assim, a situação não é confortável. Quase 25% de todos os entrevistados descreveram a situação financeira de sua família como difícil. Com relação às mudanças sentidas, 38,8% dos entrevistados acreditam que a situação piorou no último ano.

Sobre o futuro, os consumidores preveem mais dificuldades econômicas, pois quatro em cada cinco esperam que os preços da energia e dos combustíveis continuem aumentando. No geral, 73% têm receio de gastar dinheiro porque acreditam que tempos difíceis virão devido à guerra da Ucrânia.

A informação é da Istoé Dinheiro


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