Brasil
Imagens da Nasa mostram dimensão dos incêndios na Amazônia e no Pantanal em 2020
A região amazônica chegou a apresentar um aumento de 60% em queimadas sub-bosque em um comparativo com 2019,

A agência espacial estadunidense (Nasa) divulgou esta segunda-feira (22) imagens que não apenas mostram o avanço das chamas sobre a Amazônia e o Pantanal, como também a natureza desses focos de incêndio e seu impacto sobre os biomas.
Na imagem acima, regiões cinza escuro representam áreas de floresta, e cinza claro, áreas em que ela não existe, seja por via do desmatamento ou pelo fato de que ela seja tomada por pastagem (natural ou não). Em azul estão campos e cerrados naturais, em vermelho áreas de desmatamento, em roxo áreas abertas para agricultura e em amarelo incêndios de sub-bosque, que ocorrem sob as copas de árvores e até então era em muitos casos invisível para imagens de satélite.
Essa última espécie de incêndio cresceu 60% entre 2019 e 2020, atingindo em grande parte a região do Pantanal, ao sul da floresta Amazônica. Um período de seca acima do normal foi fator importante para a escalada do problema, causado por incêndios de origem humana que fogem do controle. O resultado dessas queimas, não naturais no solo úmido da Amazônia, podem durar décadas.

Imagem mostra incêndios florestais na Amazônia (Foto: Nasa)
O fogo de desmatamento também disparou em 2020, chegando a 23% segundo a agência espacial. Esse tipo de intrusão na mata é parte de uma dinâmica que pode durar meses ou anos: primeiro fazendeiros derrubam árvores com tratores e maquinário. A madeira então é emplihada para ser queimada durante a época de seca, que se estende entre agosto e setembro. É preciso repetidas queimas para preparar o solo para gado ou plantio.

Imagem mostra incêndios florestais no Pantanal (Foto: Nasa)
As imagens vêm do Amazon Dashboard, um novo sistema de monitoramento inaugurado pela Nasa em agosto do ano passado que usa imagens e algoritmos para mapear em tempo real pontos críticos na floresta através de leituras térmicas e definir quais incêndios são ou não cirminosos. O intuito é dar a órgão de justiça ambiental ferramentas para tornar o policiamento dessas áreas mais eficiente.
Os números desse ano vêm a se somar aos de 2019, um ano de fortes altas em termos de incêndios na região. À época, o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou cerca de 90 mil focos de queimada na mata, um aumento de 30% num comparativo com 2018.
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