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Economia

‘Prévia do PIB’ recua 0,7% em maio pressionado pela agropecuária, divulga Banco Central

É a primeira vez no ano que o indicador recua. A última contração havia sido em dezembro de 2024

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A atividade econômica brasileira registrou retração em maio, após quatro meses seguidos de crescimento. Segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta segunda-feira, houve queda de 0,7% em relação a abril.

É a primeira vez no ano que o indicador recua. A última contração havia sido em dezembro de 2024, quando o índice caiu 0,9%. Na comparação com maio do ano passado, o IBC-Br teve alta de 3,3%, enquanto o crescimento acumulado no ano chegou a 2,6%. Em 12 meses, o avanço é de 4%.

O desempenho negativo de maio (108,9) veio após o índice atingir, em abril, o maior patamar da série histórica iniciada em 2003: 109,7 pontos.

O resultado de maio foi pressionado, principalmente, pelo desempenho da agropecuária, que encolheu 4,2% no mês. A indústria também teve variação negativa, com recuo de 0,5%, enquanto o setor de serviços — o maior da economia — ficou estável, sem avanço.

Esses dados reforçam a percepção de perda de fôlego na economia, sobretudo após um início de ano marcado por surpresas positivas nos indicadores.

Projeções mais modestas para o PIB de 2025

Em 2024, o PIB brasileiro cresceu 3,4%, superando as expectativas iniciais. Para este ano, no entanto, o mercado projeta uma expansão mais moderada, em torno de 2,2%, conforme o Boletim Focus. O próprio Banco Central já reconheceu que conta com uma desaceleração da economia como parte do esforço para conter pressões inflacionárias.

Durante a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em junho, a instituição elevou a taxa Selic para 15% ao ano, maior nível em quase duas décadas, e sinalizou que pretende manter os juros altos por um período prolongado. A avaliação do BC é que a política monetária mais restritiva já começa a frear a atividade — e deve afetar o mercado de trabalho nos próximos meses.


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