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Mauro Cid depõe à PF sobre possível fuga, mantém acordo de delação
Cid foi com seus advogados. Cid chegou à corporação às 10h56, acompanhado de seu advogado Cezar Bittencourt, em Brasília

Ex-presidente Bolsonaro e o ajudante de ordens, Mauro Cid – Foto: Reprodução
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), depôs à Polícia Federal por cerca de duas horas e meia sobre a tentativa de conseguir um passaporte português e eventualmente fugir do Brasil. Ele foi liberado e teve o acordo de delação mantido. As informações são doUOL.
Cid foi com seus advogados. Cid chegou à corporação às 10h56, acompanhado de seu advogado Cezar Bittencourt, em Brasília. Ele foi ouvido somente pelo delegado da PF Fabio Shor. O ministro Alexandre de Moraes não esteve presente.
Tenente-coronel não foi preso após ser ouvido. Ele terminou o depoimento por volta das 13h30 e foi liberado. A defesa levou o militar para sua casa, em Brasília, e saiu sem falar com a imprensa.
Acordo de delação continua mantido. Ele precisa cumprir as medidas cautelares determinadas pelo Supremo, como utilizar tornozeleira eletrônica, proibição de usar redes sociais e fazer recolhimento domiciliar noturno. Os benefícios estão condicionados à colaboração de Cid, que precisa contar tudo o que sabe sempre que foi requisitado pelas autoridades, sem mentir nem ocultar nada.
Delação válida. Tudo o que Cid já apresentou às autoridades judiciais segue válido, assim como seus depoimentos anteriores.
PF apura se Cid tentou fugir do Brasil. Investigações mostraram que o ex-ministro do Turismo Gilson Machado tentou obter um passaporte português para o tenente-coronel no consulado de Portugal no Recife em 12 de maio deste ano.
PGR viu risco de fuga após família de Cid viajar. A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu a Alexandre de Moraes, relator da ação no STF (Supremo Tribunal Federal), que fosse ordenada a prisão de Machado e feitas buscas na casa de Cid.
Machado, aliado de Bolsonaro, foi preso hoje no Recife. Na última terça, o ex-ministro disse ao UOL que ficou sabendo da investigação pela imprensa e que não foi a consulado nenhum.
O militar admitiu que solicitou cidadania portuguesa em 2023, mas que não tinha conhecimento da iniciativa de Machado. Ao STF, a defesa de Cid disse que o pedido foi em 11 de janeiro de 2023 —logo depois dos atos golpistas de 8 de Janeiro. Segundo o advogado Cezar Bittencourt, o pedido foi feito “única e exclusivamente” porque a esposa e filhas de Cid já têm a cidadania.
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